Os preços ao produtor da zona do euro caíram pelo sétimo mês consecutivo em julho, segundo dados divulgados nesta terça-feira, em forte queda na comparação com o ano anterior, o que possivelmente oferecerá algum conforto ao Banco Central Europeu.
A agência de estatísticas da União Europeia, Eurostat, disse que os preços nos portões das fábricas nos 20 países que usam o euro caíram 0,5% em julho em relação a junho e 7,6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Economistas consultados pela Reuters esperavam uma queda mensal de 0,6% e um declínio anual de 7,6%.
Os preços ao produtor são uma indicação inicial das tendências da inflação ao consumidor, que o BCE quer manter em 2,0% no médio prazo, mas que ficou em 5,3% em agosto.
O BCE aumentou as taxas de juros no ritmo mais rápido já registrado, levando-as a um pico de mais de duas décadas, mas levantou a possibilidade de uma pausa em sua reunião de setembro.
A queda mensal dos preços ao produtor da zona do euro em julho se deveu a uma redução de 1,2% nos preços de bens intermediários, como aço, açúcar ou madeira, e por uma queda de 0,9% nos custos de energia.
Os preços dos bens de capital, como máquinas e ferramentas, e dos bens de consumo duráveis aumentaram 0,2%, enquanto os preços dos bens não duráveis subiram 0,1%.
Em relação ao ano anterior, os custos de energia caíram acentuadamente, e os preços dos bens intermediários também tiveram queda. Os preços de bens de capital, duráveis e não duráveis subiram ao menos 4%, embora esses aumentos de preços tenham se atenuado de forma constante desde o final de 2022.