O Indicador Antecedente de Emprego do Brasil caiu em agosto pela primeira vez em três meses, o que não afeta uma tendência ainda favorável mas indica cenário com maior oscilação ao longo do segundo semestre deste ano, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira.
O IAEmp, que antecipa os rumos do mercado de trabalho no Brasil, caiu 1,1 ponto em agosto, para 76,9 pontos, devolvendo quase totalmente a alta observada no mês passado, de 1,2 ponto.
“A queda do IAEmp nesse mês parece confirmar um cenário com maior oscilação para o indicador no segundo semestre do ano. A tendência ainda é favorável, mas o ritmo dessa melhora deve ser mais lento, em linha com as expectativas para o cenário econômico”, disse em nota Rodolpho Tobler, economista da FGV Ibre.
Segundo ele, por mais que aumente a quantidade de notícias favoráveis, como a redução da taxa de juros e o maior controle da inflação, “o impacto no mercado de trabalho não deve ser tão imediato”.
No início do mês passado, o Banco Central finalmente cortou a taxa Selic, depois de ter mantido a política monetária bastante restritiva à atividade por muito tempo, adotando uma redução de 0,50 ponto percentual, a 13,25% ao ano.
Ao mesmo tempo, dados econômicos têm surpreendido positivamente, com o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do segundo trimestre ficando em 0,9%, bem acima do esperado, embora a expectativa seja de desaceleração ao longo dos próximos meses.
De acordo com Tobler “uma melhora mais expressiva da atividade econômica, especialmente nos setores que mais empregam, é fundamental para recuperação mais consistente do mercado de trabalho”.
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