Um painel ministerial da Opep+ que se reuniu nesta quarta-feira não fez alterações na atual política de produção de petróleo do grupo, após a Arábia Saudita e a Rússia terem dito que manteriam os cortes voluntários de oferta para apoiar o mercado.
Os ministros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) e aliados liderados pela Rússia, conhecidos como Opep+, realizaram uma reunião on-line. O painel, denominado Comitê de Monitoramento Ministerial Conjunto (JMMC, na sigla em inglês), pode convocar uma reunião completa da Opep+, caso seja necessário.
O petróleo Brent chegou a saltar para 100 dólares por barril, o maior valor desde 2022, embora os preços tenham sido pressionados nos últimos dias por preocupações de que as taxas de juros possam permanecer mais altas por mais tempo e pelo crescimento econômico mais fraco.
“O comitê continuará a avaliar de perto as condições do mercado”, disse um comunicado da Opep emitido após a reunião, acrescentando que o painel reconheceu e admitiu os cortes sauditas e russos.
Mais cedo na quarta-feira, a Arábia Saudita disse que continuaria com um corte voluntário de 1 milhão de barris por dia (bpd) até o final de 2023, enquanto a Rússia disse que manteria uma restrição voluntária de exportação de 300.000 bpd até o final de dezembro.
O ministro saudita da Energia, príncipe Abdulaziz bin Salman, que preside o JMMC, disse no mês passado que os cortes da Opep+ eram necessários para estabilizar o mercado e que os preços não estavam sendo visados.
Antes da reunião, fontes da Opep+ disseram à Reuters que a política provavelmente permaneceria estável, embora alguns analistas, com a alta do petróleo, tenham citado uma probabilidade cada vez maior de que os cortes voluntários sauditas fossem reduzidos.
Os cortes de fornecimento sauditas e russos se somam às restrições anteriores anunciadas desde o final de 2022. A próxima reunião do JMMC será em 26 de novembro, segundo o comunicado, no mesmo dia da próxima reunião completa programada da Opep+ para decidir a política.