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A Importância da Educação Financeira para o recém-formado – Parte 1

por Luciana Diniz
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A Importância da Educação Financeira para o recém-formado - Parte 1Acredito que conhecer os conceitos da educação financeira e aplicá-los no dia a dia tornou-se uma necessidade no Brasil. Digo isso devido ao fato de um novo público acessar as diversas linhas de crédito disponíveis em bancos, concessionárias, lojas de eletrodomésticos etc. Inclusive, sobre o tema, foi criada pelo Governo Federal, no final de 2010, a Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF).

Quando estudei design de interiores, observei que as escolas de design não ofereciam material didático e específico sobre finanças pessoais. Exceto pelas escolas de administração e economia, não havia material disponível nem no meu curso, nem nos outros. As poucas matérias voltadas para o assunto englobavam mais as questões de marketing e posicionamento de mercado que de educação financeira.

Onde aprender sobre finanças pessoais e dinheiro?
Sabemos que a riqueza de um profissional recém-formado é o seu conhecimento atualizado, trazido do seu curso de formação, somado a sua criatividade livre, leve, solta e sem amarras. Mas, sua formação, muitas vezes, distancia-se de temas ligados às leis da economia. O crescimento econômico de um recém-formado está subordinado tanto as suas aptidões, como também à sistematização e organização dos ganhos e gastos financeiros que vier a realizar.

Constatando a carência de fontes de informação sobre este tema, busquei-as em caminhos alternativos, próprios para quem ainda está iniciando suas atividades no mercado de trabalho e, portanto, com pouco capital de investimento. O propósito deste texto é incentivar você, recém-formado, a trilhar caminhos financeiramente mais saudáveis, independentemente de sua formação e interesses.

Para os curiosos, sou designer de interiores por formação, designer gráfico por vocação, escritora e poeta (já publiquei quatro livros e assino regularmente uma página sobre livros de arte para uma revista especializada em arquitetura e design de interiores). Há sete anos, encerrei um bem-sucedido consultório de psicologia, com 10 anos de mercado, para trabalhar com o que gosto, o design. Tardiamente, desenvolvi minha educação financeira e aos poucos fui estruturando minha nova vida e a nova empresa. Valeu a pena!

Por entender que a educação financeira consiste em um conjunto amplo de orientações e esclarecimentos sobre posturas e atitudes adequadas no planejamento e uso dos recursos financeiros pessoais, acho que todos devemos dedicar atençao ao tema. Mas atenção: a capacidade de tomar decisões apropriadas na gestão das próprias finanças não deve ser confundida com o ensino de técnicas de como ganhar e gastar dinheiro.

Fontes de conhecimento para sua educação financeira
Depois de separar e compreender bem a diferença que a educação financeira pode trazer ao cotidiano, compartilho as principais referências que tenho usado para aprender e praticar, ainda que de forma autodidata:

1. Blogs especializados
Atualizados diariamente ou semanalmente, podem ser acessados gratuitamente. Gosto bastante deste blog, Dinheirama, que eu já sigo há algum tempo e do blog sobre economia da jornalista Miriam Leitão. Sugiro que busque suas próprias fontes, leia diversos blogs diferentes e procure identificar-se com a linha proposta por seus autores. E participe das discussões regularmente.

2. Cursos on-line gratuitos
Desenvolvidos com capricho e muita didática, podem ser cursados no escritório ou em casa. Os Cursos on line do Sebrae, por exemplo, estão disponíveis para todo tipo de público. Quando eu ainda exercia o ofício de psicóloga e decidi dedicar-me ao que realmente gosto, o design, matriculei-me em todos eles e acabei criando a Livro-objeto Atelier e Design, meu atual escritório.

Meu plano de negócios ficou com 45 páginas e eu estava ciente de que a jornada não seria fácil, afinal percebi que, ao longo de minha formação de psicóloga, eu não tive qualquer contato com questões ligadas à economia. Além dos cursos do SEBRAE, constatei que vários bancos oferecem educação financeira. Claro que estes cursos têm como objetivo direcionar o cliente para investir nos produtos oferecidos pelas agências, mas o posicionamento diante destas ofertas também deve ser consciente.

Os cursos on line oferecem vantagens interessantes:

  • O aluno é sujeito de seu processo de aprendizagem, pois pode adequar o curso à sua rotina e estabelecer o seu próprio ritmo de estudo;
  • A qualidade de vida é aumentada, pois o curso pode ser frequentado em casa ou no escritório, e o aluno não terá contato com outras tensões, como as de trânsito, por exemplo;
  • Há a oportunidade real de fazer economia, pois não há gasto com combustível, tarifas de transporte e tarifas de estacionamento;
  • Pode-se ter acesso a bons cursos a preços mais acessíveis, já que algumas opções são planejadas com antecedência e têm conteúdos bem elaborados e explicativos ocorrendo com muitas opções de datas.

Por outro lado, as vantagens dos cursos gratuitos incluem prover conhecimento com pouco ou nenhum gasto financeiro e respeitar a motivação subjetiva do aluno: o aluno estuda, porque está mental e emocionalmente envolvido com o conteúdo do curso e com as possibilidades reais de transformação que ele representa.

3. Videos na Internet
Os videos disponíveis em sites especializados são ao mesmo tempo dinâmicos e didáticos, além de se aproveitarem da popularidade do método de aprendizado áudio-visual. Há muitos programas interessantes que podem ser baixados a qualquer hora do dia e assistidos quando você tiver tempo e interesse. Eu, por exemplo, assisti e recomendo os muitos videos oferecidos pelo site do Instituto Empreender Endeavor Brasil.

A verdade é que você precisa correr atrás!
Quando um recém-formado inicia sua carreira já com dívidas, o seu raciocínio fica bloqueado e o discernimento afetado. O resultado são contratos mal feitos, relacionamentos ruins com clientes, fornecedores, parceiros, sócios e funcionários. O profissional recém-formado que está estável financeiramente pode se aventurar com mais tranquilidade nos novos desafios que surgirem, usando bom senso e discernimento.

De preferência, o novo profissional deve desenvolver sua educação financeira antes de entrar no mercado, paralelamente à sua formação acadêmica. Essa decisão certamente fará muita diferença. Aproveite que é possível colocá-la em prática sem a necessidade de muito dinheiro. No próximo texto, darei foco às consequências profissionais da falta de educação financeira na vida de um recém-formado. Até lá.

Créditos da foto: cofrinhos cor de rosa, arrojados e espirituosos, estilo “focinho de porco”, assinados pelo premiado escritório Nendo, do renomado arquiteto e designer japonês Oky Sato.

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