A Argentina registrou um superávit fiscal primário de 1,23 trilhão de pesos (1,45 bilhão de dólares) em fevereiro, informou o ministro da Economia do país, Luis Caputo, nesta sexta-feira, marcando o segundo mês consecutivo de superávit após anos de déficits regulares.
O presidente libertário Javier Milei, tentando controlar a inflação elevada, implementou medidas de austeridade, incluindo cortes dolorosos nos gastos do Estado, reduzindo subsídios e podando o setor público.
Caputo acrescentou que os dois primeiros meses de 2024 registraram um superávit fiscal de 3,24 trilhões de pesos, representando 0,5% do produto interno bruto (PIB).
O superávit fiscal financeiro que inclui pagamento líquido de juros sobre a dívida pública foi de 338,1 bilhões de pesos no mês e, cumulativamente, 856,5 bilhões de pesos nos dois primeiros meses do ano.
O governo registrou “dois meses consecutivos de superávit financeiro pela primeira vez desde o início de 2011, acumulando um superávit após os juros de quase 0,2% do PIB nos dois primeiros meses de 2024”, informou o ministério em um comunicado.
O governo Milei tem como meta um déficit fiscal financeiro “zero” este ano, parte das metas econômicas acordadas com o Fundo Monetário Internacional, com o qual o país tem em andamento um programa de empréstimo de 44 bilhões de dólares.