Que a situação econômica do Brasil é frágil todos sabem. Que o “calcanhar de Aquiles” está no déficit fiscal e crescimento quase exponencial da dívida bruta, também é de conhecimento de todos. Para sermos realistas, é necessário lembrar que nos últimos meses tivemos recuperação de indicadores de conjuntura, porém ainda de forma episódica. É absolutamente fundamental fazermos reformas constitucionais e colocar a economia novamente nos trilhos.
Que o presidente Temer perdeu bastante da governabilidade é sabido. Que ele possui baixíssimo nível de aprovação popular está demonstrado em todas as pesquisas de opinião. Que Temer tem tentado seduzir parlamentares, e com isso gera insatisfação naqueles que foram agregados ao programa de ajuste, fica claro com as últimas atuações.
Se tudo isso é verdade e conhecido, então por que os mercados de risco estão reagindo com grande tranquilidade? a primeira explicação está relacionada com preços de ativos já ajustados para o nível de informação existente e análises elaboradas. A segunda reside no setor externo, onde a recuperação econômica global parece ganhar grande força nos países desenvolvidos, e o que é melhor: sem a inflação nos países desenvolvidos mostrar aceleração (ao contrário tem arrefecido recentemente) e sem pressões de salários, mesmo com redução do desemprego e quase no pleno emprego (EUA).
Isso nos remete a possibilidade de os bancos centrais mais importantes não precisarem imprimir velocidade no ajuste de juros em alta e/ou iniciarem políticas de redução do tamanho de seus balanços, restringindo a flexibilização monetária. Isso claramente dá maior espaço para que países emergentes se adequem, mesmo aqueles desequilibrados como o Brasil. Commodities ganham dinâmica no mercado internacional e isso beneficia países exportadores de matérias primas e semielaborados.
Então, ainda que o Brasil não consiga fazer os ajustes realmente requeridos na economia e tamanho do Estado, acabará sendo beneficiado por situação mais amigável no cenário internacional. Algo semelhante ao que ocorreu lá pelos idos de 2003, quando conseguimos surfar na onde externa positiva.
Focando somente no Brasil, é possível projetar que alguma reforma (ou atualização) será feita na Previdência, na política fiscal e tributária, e ainda na área política; ainda que não seja a ideal e mais minimalista. Os agentes do mercado que já não esperam grande coisa reagirão, já que estão vazios de renda variável e/ou travados com operações em derivativos. Como consequência direta dessa pressão compradora, os preços dos ativos devem mudar de patamar com a reprecificação positiva.
Dois outros fatos ajudam nisso: a taxa de juros que tende a cair nos próximos meses e que gera insatisfação nos rentista, e o melhor dimensionamento das empresas para a crise, indicando que a rentabilidade pode começar a melhorar comparativamente a trimestres anteriores.
Diante disso, só resta aos investidores ampliar o nível de risco, buscando maximizar retornos futuros, num horizonte mais amplo de aplicação. Assim, a aplicação de recursos em fundos multimercados com baixa volatilidade, parece ser o primeiro estágio de quem deseja arriscar um pouco mais, passando em seguida para fundos mais alavancados, e migrando em seguida para boas escolhas no mercado acionário e/ou fundos de ações. Para tanto, os investidores devem buscar assessoramento de bons profissionais e sempre de acordo com a propensão individual ao risco.
De qualquer forma, deixamos patente que seria boa alternativa elevar o grau de exposição em mercados de renda variável.
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