O Banco Central mudou a periodicidade de suas reuniões com economistas para uma base mensal, com grupos menores e encontros mais distribuídos ao longo do trimestre, mas informou que a iniciativa segue voltada a colher subsídios para a elaboração do seu Relatório Trimestral de Inflação, em que a autoridade monetária detalha seus cenários e projeções para a inflação e o crescimento da economia.
Segundo o BC, o objetivo da mudança é reduzir o intervalo entre as reuniões, que são fechadas à imprensa, permitindo assim captar o sentimento e as projeções dos analistas em diferentes momentos do trimestre e abranger mais temas relevantes.
O modelo antigo fazia com que economistas se concentrassem em “preocupações mais imediatas”, de acordo com a autoridade monetária.
“Com esse novo arranjo, distribuídas ao longo do trimestre e com grupos menores, os participantes têm mais tempo para falar e expor de forma mais aprofundada suas análises e projeções, resultando em subsídios mais tempestivos e mais profundos para a condução da política monetária e para a elaboração do Relatório de Inflação”, disse na nota Diogo Guillen, diretor de Política Econômica do BC.
Os principais temas tratados nas reuniões são nível de atividade, inflação e setor externo.
Podem participar dos encontros economistas que contribuam ativamente para o relatório Focus do BC que compila projeções do mercado para indicadores econômicos e que tenham respondido a pelo menos um questionário pré-Copom no trimestre anterior ao da reunião.
Na reunião de novembro, ainda no formato trimestral, a então diretora de Assuntos Internacionais Fernanda Guardado conduziu o encontro com dois grupos separados de 14 economistas, segundo agenda divulgada pelo BC.