O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, chamou nesta sexta-feira as forças houthis do Iêmen de grupo “terrorista”, depois que aviões de guerra, navios e submarinos norte-americanos e britânicos lançaram dezenas de ataques aéreos no Iêmen de quinta para sexta-feira.
Biden disse que Washington responderá aos houthis se eles continuarem com o comportamento que ele chamou de “ultrajante”.
Londres e Washington afirmam que seus ataques no Iêmen foram uma retaliação a meses de ataques do movimento contra navios no Mar Vermelho, que os combatentes apoiados pelo Irã apresentaram como uma resposta à guerra em curso em Gaza. Os ataques representam uma das demonstrações mais dramáticas até o momento da ampliação do conflito em Gaza.
“Acho que sim”, disse Biden a repórteres nesta sexta-feira, quando questionado se ele estava disposto a chamar os houthis de grupo “terrorista”.
“Vamos nos certificar de que responderemos aos houthis se eles continuarem com esse comportamento ultrajante junto com nossos aliados”, acrescentou.
A Casa Branca disse mais cedo nesta sexta que os Estados Unidos não querem guerra com o Iêmen, mas não hesitarão em tomar novas medidas.
“É irrelevante se eles são designados (como terroristas). Reunimos um grupo de nações (que) vai dizer que se eles continuarem a agir e se comportar como fazem, nós responderemos”, disse Biden aos repórteres.
Os houthis, um movimento armado apoiado pelo Irã que assumiu o controle da maior parte do Iêmen na última década, têm atacado a navegação na foz do Mar Vermelho uma das rotas comerciais mais movimentadas do mundo desde outubro. Os ataques forçaram navios a mudarem sua rota e seguir caminhos mais longos.
Os houthis dizem que seus ataques são uma demonstração de apoio aos palestinos sitiados por Israel em Gaza, governada pelo Hamas.