O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, segue nesta quarta-feira para Wisconsin, um dos Estados que podem decidir a eleição presidencial norte-americana deste ano, depois de conquistar a indicação do Partido Democrata para a Casa Branca, e se concentrará em garantir os votos de mulheres suburbanas, eleitores negros e latinos em todo o meio-oeste.
A campanha de Biden publicou um novo vídeo intitulado “Let’s Go” (Vamos lá) depois que os eleitores da Geórgia ajudaram o atual presidente, de 81 anos, a garantir o último dos 1.968 delegados necessários para a indicação, preparando o que deverá ser a primeira revanche em uma eleição presidencial nos EUA em quase 70 anos.
Biden intensificou seus ataques nas últimas semanas ao ex-presidente Donald Trump e ao que ele chamou de “campanha de ressentimento, vingança e retribuição de Trump que ameaça a própria ideia dos Estados Unidos”.
Em Milwaukee, Biden voltará a falar sobre as políticas econômicas de seu governo — embora essa estratégia não tenha conseguido persuadir muitos prováveis eleitores até agora — e abrirá a sede local da campanha antes de seguir para Michigan na quinta-feira.
As visitas fazem parte de uma blitz de um mês de “estou a bordo” de Biden e de altos funcionários do governo com o objetivo de reunir apoiadores em cada um dos sete Estados que podem decidir a eleição de 2024. Na semana passada, Biden já esteve na Pensilvânia, Geórgia e New Hampshire.
A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, que fez campanha no Colorado na terça-feira, visitou Wisconsin na semana passada para divulgar as políticas econômicas da Casa Branca e falar sobre programas de aprendizagem e “empregos sindicalizados bem remunerados”.
“Agora, a eleição geral realmente começa, e o contraste não poderia ser mais claro”, disse Harris em um comunicado na terça-feira.
Wisconsin é um Estado em que a equipe de Biden quer vencer em novembro para chegar aos 270 votos no Colégio Eleitoral necessários para ser reeleito. Biden venceu no Estado de quase 6 milhões de pessoas em 2020 por uma margem menor do que o equivalente a 1% dos votos; em 2016, Wisconsin apoiou Trump, então candidato republicano.
Os organizadores dizem que esperam que centenas de manifestantes pró-palestinos protestem contra a visita de Biden a Milwaukee por causa de sua resposta à guerra de Israel em Gaza, que foi desencadeada pelo ataque de 7 de outubro do grupo militante palestino Hamas, que matou cerca de 1.200 pessoas.
Mais de 30.000 pessoas em Gaza foram mortas como resultado da resposta militar de Israel, de acordo com as autoridades palestinas, e a guerra irritou alguns dos principais eleitores de Biden, incluindo jovens e progressistas de esquerda.