Nessa semana o Procon-SP acrescentou mais três sites em sua “lista negra” de sites de comércio eletrônico e aumentou para 325 o número de sites não recomendados para compra na famosa sexta-feira de ofertas, ou “Black Friday”.
O órgão diz ter recebido reclamações sobre esses novos sites, que foram notificados e não responderam ou não foram encontrados. Assim, foi impossível “qualquer tentativa de intermediação entre as partes”, explicou o Procon-SP. Melhor evitar dores de cabeça, certo?
Entre as principais queixas estão a não entrega dos produtos adquiridos. “Esses fornecedores não são localizados […]no banco de dados de órgãos como Junta Comercial, Receita Federal e Registro BR, responsável pelo registro de domínios no Brasil. Por isso, antes de comprar, o consumidor deve buscar mais informações a respeito do fornecedor para não cair em armadilhas”, detalhou o Procon-SP.
O Procon-SP orienta os consumidores a:
- Procurar no site a identificação da loja (Razão Social, CNPJ, telefone e outras formas de contato além do e-mail);
- Optar por fornecedores recomendados por conhecidos;
- Desconfiar de ofertas vantajosas demais;
- Não comprar em lojas que só aceitem boleto bancário e/ou depósito em conta;
- Imprimir todos os documentos referentes à transação (comprovante de pagamento, contrato, anúncios, etc.).
Depois de muitas reclamações em 2012, foram aplicadas punições a empresas que participaram da “Black Friday” (ou “Black Fraude” conforme apelido dado pelos internautas no ano passado). Agora, o comércio eletrônico e o varejo tradicional informam que vão adotar medidas para atender melhor e garantir descontos (reais) ao consumidor.
Os principais problemas verificados na edição passada foram as falsas promoções e a falta de estrutura para atender a demanda de pedidos (congestionamento de sites, compras não sinalizadas, mau atendimento e risco de vazamento de informações).
Parcerias foram firmadas neste ano com órgãos de defesa do consumidor, como o Procon-SP, com sites de reclamação, como o Reclame Aqui, e o site oficial do evento (blackfriday.com.br), do portal Busca Descontos, além da câmara que representa o comércio eletrônico.
Devem participar neste ano 120 lojas e a expectativa é atingir R$ 340 milhões em vendas, com 850 mil pedidos. Em 2012, foram 77 participantes, 500 mil pedidos e R$ 217 milhões faturados.
Renan Ferraciolli, assessor-chefe do Procon-SP, diz que o órgão vai reforçar o atendimento eletrônico em seu site, além do monitoramento de reclamações nas redes sociais. Sete empresas foram autuadas em 2012, e as multas estão em processo de discussão administrativa.
“Esperamos que, de fato, o comércio eletrônico tenha aprendido com os erros, porque a vigilância é grande”, disse Renan. Ele recomenda guardar informações com comparações de preços (antes e depois das promoções), além de checar as credenciais e informações disponíveis nos site e na compra. “Desconfie de quem se esconde”, ele reforça.
Uma das dicas que o Dinheirama sempre reforça é simples e eficiente: faça pesquisas no site ReclameAqui para saber o histórico da loja, como ela trata seus eventuais problemas com clientes e a quantidade de reclamações associadas ao seu nome. Além do mais, pesquise bastante o preço do produto desejado, pois pode-se economizar um bom dinheiro gastando minutos a mais na pesquisa de um item.
Você pretende aproveitar as ofertas da “Black Friday”? Já passou por algum problema comprando nas edições passadas? Compartilhe a sua experiência conosco no espaço de comentários abaixo. Até a próxima.
Fontes: Folha e Uol Tecnologia. Foto “Black Friday Collage”, Shutterstock.