O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, denunciou nesta sexta-feira o número crescente de palestinos mortos enquanto Israel prosseguia com sua guerra contra o Hamas em Gaza, dizendo que mais precisa ser feito para proteger os civis.
Em seus comentários mais fortes até o momento sobre os civis que estão sofrendo o impacto da guerra, Blinken saudou as pausas humanitárias israelenses de quatro horas anunciadas pela Casa Branca na quinta-feira, mas disse que mais ações são necessárias para proteger os civis de Gaza.
Falando a repórteres em Nova Délhi, no final de uma viagem de nove dias ao Oriente Médio e à Ásia, ele disse: “Palestinos demais têm sido mortos; muitos têm sofrido nas últimas semanas”.
“E queremos fazer todo o possível para evitar que eles sejam prejudicados e para maximizar a assistência que chega até eles”, disse Blinken, acrescentando que Washington estaria discutindo outras medidas com Israel para avançar nesses objetivos.
Israel vem atacando Gaza por ar, mar e terra desde que homens armados do Hamas romperam a cerca da fronteira do enclave em 7 de outubro e realizaram um ataque no qual, segundo Israel, 1.400 pessoas foram mortas e cerca de 240 foram sequestradas.
Autoridades palestinas afirmam que mais de 10.000 pessoas foram mortas em Gaza desde que Israel iniciou sua campanha militar, e os hospitais de Gaza estão lutando para lidar com a falta de suprimentos médicos, água potável e combustível para os geradores de energia.
A Casa Branca disse na quinta-feira que Israel concordou em interromper as operações militares em partes do norte de Gaza por quatro horas por dia, e o Exército disse que os palestinos nesta sexta-feira foram autorizados a sair por mais de sete horas ao longo de uma estrada ao sul, mas não houve sinal de uma diminuição nos combates que devastaram o enclave à beira-mar.
Blinken disse que os Estados Unidos têm planos concretos para levar mais assistência humanitária e medidas para garantir mais proteção aos civis, mas atingir esses objetivos era um processo.
“Trata-se de um processo, e nem sempre é possível ligar um interruptor de luz, mas temos visto progresso. Só precisamos ver mais disso”, disse ele.