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Como tomar boas decisões: existe fórmula para isso?

by Janaína Gimael
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Tomar uma decisão: não importa em que áreas da vida, em alguns momentos escolher a opção A no lugar de B, ou o caminho X no lugar de Y, pode fazer toda diferença no que vem a seguir. E é por isso que nunca é muito fácil. Há pessoas que se sentem inseguras na hora de decidir, outras que procrastinam, outras que preferem não decidir coisa alguma e continuar na zona de conforto. E você? Como faz? Vamos ser sinceros: quem é que nunca ficou uma noite sem conseguir dormir direito por conta de uma decisão que teria a tomar?

Você sabia que quando temos que tomar uma decisão importante, nosso cérebro tende a avaliar três aspectos principais? São eles: 1) a lógica relacionada à decisão, ou seja, se há de fato sentido naquilo; 2) fatos que já vivemos para traçar comparativos; e 3) nossa herança mental, nossos antepassados. Ou seja, são as histórias que já ouvimos, os “causos” bons e ruins que nos contaram durante os anos e que foram formando as nossas crenças.

Eu já tive que tomar uma série de decisões importantes em alguns momentos, e volta e meia percebo que preciso tomá-las de novo. Nestas horas, procuro tirar um tempo para mim mesma, coloco as diferentes alternativas no papel, e começo a pensar em meus objetivos de vida para aquela fase. O que faz mais sentido e o que me faria mais feliz naquele contexto?

Considerando aquilo que o nosso cérebro avalia, vamos refletir melhor sobre alguns pontos:

1)Tem lógica?

O que parece fazer mais sentido para você em um determinado contexto? Por exemplo, seu sonho é morar fora do país e de repente aparece uma oferta de emprego na Europa. Parece lógico aceitar, não? Mas e se a oferta de emprego imperdível for no Brasil e você já estiver dando os passos iniciais – ainda que de forma bem lenta porque falta dinheiro – para morar fora? O que fazer? Aceitar por um tempo, guardar dinheiro e acumular experiência, adiando o sonho de morar no exterior, ou negar a proposta e já seguir direto o sonho com todos os riscos envolvidos? Neste caso é preciso avaliar os prós e contras, ver o que se ganha ou se perde com determinada decisão e, se a opção for adiar o sonho, lembre-se de colocar um prazo para retomá-lo, caso contrário, lá na frente, a vida pode cobrar o que você queria tanto fazer, mas decidiu adiar.

2)Nosso passado

O que vivemos também nos leva a tomar as decisões de hoje, afinal, é natural que quando circunstâncias semelhantes se apresentem, a gente tenda a pensar em tudo de parecido que já ocorreu para decidir. Neste caso, penso que há duas questões a serem consideradas: A primeira, é que o que vivemos no passado certamente nos traz lições, e devemos aprender com elas para não cometer erros iguais. A segunda é que, apesar disso, temos que entender também que as circunstâncias do passado provavelmente eram outras, e nós também éramos.

A experiência que tivemos ontem nos transformou em pessoas diferentes hoje e não há como negar. Ora, se as variáveis envolvidas mudaram, é possível que os resultados obtidos ontem sejam diferentes hoje. Por isso, nem toda experiência passada deve nos brecar no presente. Alguém que, por exemplo, quer muito seguir carreira artística, mas levou vários nãos no passado, pode estar muito mais preparado hoje para ouvir o sim que precisa. Se decidir desistir apenas por conta das negativas anteriores, pode estar desperdiçando seus sonhos futuros. Portanto, neste caso, procure entender o que é lição para não fazer de novo, e o que é lição para se tornar resistente, combinado?

3) O que ouvimos durante a vida

Finalmente, vamos pensar na várias ideias e crenças que carregamos lá da infância, tendo ouvido tantas histórias, tantos exemplos de nossos pais, avós, e etc. É natural que aquilo que aprendemos quando pequenos nos persiga durante a vida como uma espécie de alerta. “Cuidado, não tome leite com manga!”. “Fique de olho aberto: se ele não casou até os 40 é porque não quer nada com nada”. “Ei! Não invista na Bolsa. Seu tio perdeu tudo”. Já ouviu algumas coisas assim? Neste caso, é preciso ser coerente para ver o que realmente faz sentido. Pode ser que naquela época algumas coisas realmente tivessem uma explicação razoável que, inclusive, valeria para os dias atuais. Mas pode ser que não. Portanto, essas crenças todas não podem limitar nossas decisões. Mas só conseguiremos fazer uma avaliação justa se estivermos abertos para entender tudo que está se passando, tudo que é real e tudo que faz parte de nossa herança mental, certo?

O fato é que, como não há receita pronta, um dos pontos mais importantes que eu consideraria ao tomar uma decisão é não deixá-la nas mãos de terceiros. A primeira pessoa a saber o que lhe fará bem ou não ou o que faz sentido ou não para a sua vida, é você mesmo. Portanto, pense em tudo que começamos a refletir aqui, aquiete os pensamentos, faça uma lista de prós e contras e considere especialmente a maneira como você se sente ao tomar determinada decisão.

O ideal é que se sinta bem, ainda que não seja possível agradar a todos. E uma vez que escolha, não fique pensando nas tantas outras opções que você poderia ter seguido, combinado? Apenas siga e faça o seu melhor! O resto, a vida se encarregará de mostrar! Vamos juntos!

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