Home Economia e Política Congresso julgará conveniência de incluir JCP no PL de taxação de “offshores”, diz Haddad

Congresso julgará conveniência de incluir JCP no PL de taxação de “offshores”, diz Haddad

Haddad disse que o papel da pasta é de dar apoio técnico e que cabe ao Congresso articular o "julgamento político" com o Planalto

by Reuters
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira que caberá ao Congresso julgar a conveniência de incluir no projeto de lei de taxação de fundos offshore a alteração do mecanismo de Juros sobre Capital Próprio (JCP).

“Como na reforma tributária, nós estamos dando apoio técnico para o Congresso tomar a melhor decisão. Nós temos acúmulo suficiente para propor soluções técnicas consistentes. O julgamento político da conveniência ou não, isso cabe ao Congresso, na sua relação com o Planalto julgar. Mas nós vamos ter que enfrentar, até o final do ano, todos esses temas”, disse Haddad em entrevista a jornalistas na sede do ministério.

O ministro afirmou que o relator da medida na Câmara dos Deputados, deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), com quem se reuniu nesta tarde, tem vasto conhecimento técnico sobre o tema e se mostrou aberto ao diálogo.

Ao deixar o ministério mais cedo, o deputado disse que, além de incorporar regra de tributação periódica sobre fundos exclusivos, seu parecer também deve prever uma mudança no mecanismo de Juros sobre Capital Próprio (JCP), com a ideia de alinhá-lo às melhores práticas internacionais com uma redação “mais elaborada” do que havia sido proposta pelo governo.

Haddad disse que sua equipe deve dar um retorno na quarta-feira sobre questões trazidas pelo relator sobre as propostas do projeto e reiterou que o objetivo é que as regras acompanhem as tendências internacionais.

“Tudo o que nós estamos fazendo na área tributária é aproximar o Brasil das práticas da OCDE, das práticas dos países desenvolvidos, para eliminar as distorções do nosso sistema tributário”, disse o ministro.

A previsão do governo é que o projeto seja votado no plenário da Câmara nesta semana. Depois, o texto precisa ser analisado pelo Senado.

A proposta, que tem como objetivo impulsionar receitas para zerar o déficit primário de 2024, aglutina uma medida provisória e dois PLs editados pelo governo em agosto, sobre a tributação de rendimentos de fundos exclusivos, fundos fechados e de “offshores”, para possivelmente acelerar sua tramitação no Congresso.

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