Home Economia e Política Cúpula do PMDB teria combinado discurso contra Lava Jato

Cúpula do PMDB teria combinado discurso contra Lava Jato

by Redação Dinheirama
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O pedido de prisão de integrantes da cúpula do PMDB feito pela Procuradoria-Geral da República, aponta que eles combinavam versões de defesa e estratégias para evitar serem alcançados com o avanço das apurações da Operação Lava Jato.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, a ideia seria costurar as defesas do presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB), do ex-presidente José Sarney (PMDB), e do senador Romero Jucá (PMDB), alvos dos pedidos de prisão, e impedir que o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, colaborasse com as apurações.

Há ainda indícios de que seriam produzidos documentos para tentar maquiar os desvios na gestão de Machado. De acordo com o ex-presidente da Transpetro, Renan, Sarney e Jucá teriam recebido R$ 70 milhões da subsidiária da Petrobras. O objetivo seria, se não impedir, dificultar a ação de órgãos de controle.

A base dos pedidos de prisão são as gravações dos peemedebistas feitas por Machado, repassadas à Procuradoria, e que começaram a ser reveladas pela Folha. Também foram entregues documentos que comprovariam movimentações financeiras. Nem todos os áudios em poder da PGR foram divulgados.

Lobista confirma US$ 4,5 milhões para caixa dois de Dilma em 2014

O lobista Zwi Skornicki, preso em fevereiro pela Operação Lava Jato sob acusação de pagar propina em contratos da Petrobras, disse nas negociações para fechar um acordo de delação com procuradores da Lava Jato, que os US$ 4,5 milhões pagos a João Santana, eram recursos para o caixa dois da campanha de Dilma Rousseff em 2014. A informação foi antecipada pelo jornal “O Globo“.

Skornicki contou aos procuradores que a contribuição foi acertada com o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que está preso em Curitiba e já foi condenado a 24 anos de prisão.

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Copom mantém taxa básica de juros em 14,25% ao ano

O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anunciou há pouco a manutenção da taxa básica de juros (Selic) em 14,25% ao ano, conforme amplamente esperado pelo mercado.

A decisão foi unânime. A maioria dos economistas e instituições do mercado financeiro previram a Selic estável nesta reunião. É a sétima vez consecutiva em que o Copom decide que a taxa deve permanecer inalterada.

Desvinculação de receitas é aprovada na Câmara

Em mais uma demonstração de força da base aliada do presidente interino Michel Temer, a Câmara dos Deputados aprovou ontem, em segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que prorroga a Desvinculação de Receitas da União (DRU) até 2023. A matéria foi aprovada por 340 votos a 90 e houve uma abstenção. O texto segue agora para o Senado, onde poderá ser analisado diretamente em plenário.

A proposta aprovada prorroga a DRU até 31 de dezembro de 2023, estabelecendo que a autorização para remanejar o Orçamento da União será retroativa a 1º de janeiro deste ano. Argumentando inconstitucionalidade, parlamentares tentaram retirar a possibilidade de a desvinculação retroagir, mas não conseguiram aprovar emenda nesse sentido. A última autorização para a DRU venceu em 31 de dezembro de 2015.

O texto da PEC também prevê que a parcela do Orçamento que o Executivo poderá remanejar seja elevada de 20%, como foi até o ano passado, para 30%. Além disso, prevê a criação de uma espécie de DRU para Estados e municípios – chamadas de DRE e DRM, respectivamente – nos mesmos termos da DRU, mas prevendo explicitamente que o remanejamento não pode afetar recursos destinados à Saúde e à Educação.

Mercado Financeiro

O mercado financeiro aguarda a apresentação de uma agenda positiva com medidas de curto prazo da nova equipe econômica do governo interino. A crise política envolvendo a cúpula do PMDB permanece no radar na medida em que o ministro do Supremo Tribual Federal Teori Zavascki analisa o pedido de prisão de Eduardo Cunha, Renan Calheiros, José Sarney e Romero Jucá, figuras importantes dentro do PMDB e principais responsáveis políticos pelo governo interino.

O Ibovespa, principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo, operava às 11h54 em baixa de -0,93% com 51.149 pontos, enquanto o dólar subia +0,65%, sendo negociado por R$ 3,39.

Foto: Wendel Lopes/ PMDB/ Fotos Públicas

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