A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) divulgou nesta quinta-feira novo ofício circular que esclarece sobre exposição a risco de capital dos fundos de investimento financeiros (FIFs), com o objetivo de auxiliar no controle dos limites máximos de utilização de margem bruta desses fundos.
Em comunicado no seu site, a CVM informou que, em coordenação com sua área técnica, a B3 desenvolveu uma nova métrica para mensurar o risco de capital relacionado e esses fundos, estabelecendo o conceito de Risco de Capital do Fundo (RCF).
O RCF representa o risco de mercado do portfólio de um fundo considerando o conjunto de posições e ativos usados no cálculo de margem requerida e no saldo de garantias das posições e garantias mantidas na Câmara B3 pelo fundo.
A métrica, de acordo com o superintendente de supervisão de investidores institucionais interino, Marco Antonio Velloso de Sousa, será uma alternativa ao valor de margem exigida pela B3.
“Além disso, agora a área técnica da CVM poderá aferir, em bases diárias, qual é o nível mais efetivo de alavancagem de cada fundo de investimento financeiro registrado na autarquia”, acrescentou no comunicado.
Segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), que participou das discussões, a decisão atende à demanda do mercado de substituir a margem requerida por “uma métrica que represente o risco de mercado do portfólio do fundo no controle dos limites máximos de margem bruta nos FIFs”.
O cálculo do RCF segue os mesmos princípios e parâmetros utilizados no cálculo da margem requerida pela Câmara B3.