Numa atitude inédita no mercado brasileiro, pessoas com o nome sujo na praça agora podem realizar empréstimos nas financeiras. Para os que estão negativados, porém, os juros podem chegar a 24,68% ao mês (ou 1.311% ao ano). Dependendo do valor do empréstimo, dívidas não pagas podem dobrar em menos de seis meses.
De acordo com a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças e Contabilidade), a taxa cobrada para quem tem restrição nos cadastros chega a ser 30 vezes maior do que quem tem o nome limpo. Para se ter uma ideia, para quem tem nome limpo o juro anual no crédito pessoal é em torno de 41,58%.
Para um negativado emprestar a quantia de R$5.000, ele deverá pagar ao final do empréstimo (em oito parcelas) algo em torno de R$ 12.000. De acordo com o R7, em São Paulo apenas uma financeira realizava o empréstimo para quem estava negativado e a restrição era de que ele fosse funcionário público.
Exigências
Segundo o coordenador de estudos econômicos da Anefac, Miguel de Oliveira, a exigência de cheques pré-datados é uma medida de segurança das financeiras, já que eles são uma garantia de que o dinheiro será depositado na data e impedem o cliente de fechar a conta sem pagar as parcelas restantes do empréstimo.
Apesar das grandes taxas de juros, Oliveira diz que isso se deve ao maior risco das instituições do que com os bancos.
“Normalmente as taxas das financeiras são mais altas porque os riscos são maiores. A maioria dos clientes [das financeiras] nem sequer tem conta em banco; é um público de renda menor. No banco, o cliente tem uma série de contas que o prendem na instituição, e na financeira não”, afirma.
Oliveira alerta que, caso o consumidor resolva contrair empréstimo numa financeira, pesquisar as melhores taxas é essencial para não perder mais grana. “O problema é que as pessoas não olham as taxas de juros. Elas só veem o valor das parcelas, e não o preço total do empréstimo ao fim das parcelas”, ele enfatiza.
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Fonte: R7 | Foto de freedigitalphotos.net