Gado, sementes, fertilizantes, defensivos, maquinários. Tudo isso tem uma alto custo. Assim, o trabalho agrícola exige investimentos constantes para custear a produção e impulsionar as atividades no campo.
Por isso, muitos produtores rurais se veem, todos os anos, diante de um enorme desafio financeiro.
Nesse cenário, o empréstimo rural ajuda esse setor a bancar essas despesas e a fazer investimentos que tragam bons frutos ao longo do tempo.
Entenda o que é empréstimo rural, como funciona e por que ele se mostra uma alternativa viável para impulsionar o crescimento da produção.
O que é empréstimo rural
Empréstimo rural é uma modalidade de crédito destinada exclusivamente ao setor agrícola. É uma forma de auxiliar os produtores rurais a investir em suas atividades e necessidades agrícolas, como:
aquisição de insumos, como sementes, fertilizantes e defensivos agrícolas;
modernização de maquinários agrícolas e equipamentos;
expansão da área plantada;
investimento em tecnologia agrícola que ajudem a otimizar os processos produtivos;
construção de armazéns, galpões, cercas e outras estruturas que contribuam para o desenvolvimento da propriedade.
Trata-se, portanto, de um importante suporte para viabilizar e expandir as operações agrícolas e garantir o crescimento sustentável do setor.
A modalidade oferece condições adequadas às necessidades dos produtores rurais, como taxas reduzidas, isenção de algumas tarifas de serviços e prazo de pagamento estendido.
Os recursos advindos de um empréstimo fortalecem o setor agrícola. O produtor consegue investir em suas propriedades, se proteger dos contratempos e gerar lucro para a família.
Além disso, a produtividade e a qualidade da produção aumentam. O bom desenvolvimento agrícola reflete também na economia brasileira, já que o setor representa quase 25% do PIB do país.
Tipos de empréstimo rural
Existem vários tipos de empréstimo rural, com diferentes condições. Os principais são:
Custeio
Modalidade que cobre as despesas básicas da produção e operação agrícola. Assim, o dinheiro pode ser utilizado para comprar gado, sementes, adubos, insumos e defensivos agrícolas, por exemplo.
Investimento
Direcionado à aquisição de algum bem ou serviço duradouro. Com o montante emprestado é possível comprar equipamentos de plantio (como tratores), construir ou reformar galpões de estocagem ou financiar atividades de regularização ambiental, por exemplo.
Comercialização
Empréstimo voltado a cobrir despesas referentes à venda de tudo que foi produzido. Isso inclui gastos com transporte e logística e a construção de benfeitorias dedicadas à armazenagem da produção, por exemplo.
Como é feito o empréstimo rural
O processo de obtenção de um empréstimo rural costuma ser menos burocrático que a modalidade tradicional. Ele pode ser solicitado diretamente nas instituições financeiras que oferecem essa opção, como bancos e cooperativas de crédito.
O primeiro passo é elaborar um projeto técnico que descreva a maneira como o dinheiro será aplicado se com plantio, reforma ou compra de insumos ou maquinário, por exemplo.
O material também deve trazer um cronograma de execução e especificar o prazo mais adequado para reembolso do valor. Para elaborar essa documentação, o produtor rural pode contar com o auxílio da Emater ou dos sindicatos.
Além do projeto técnico, os documentos a serem apresentados na solicitação também envolvem:
documentos pessoais;
matrícula da propriedade;
imposto territorial;
certificado de cadastro de imóvel rural;
outorga de água (para atividades que envolvem irrigação);
declaração ambiental (em alguns estados);
contrato de arrendamento, se existir;
Declaração de Aptidão do Produtor (para pequenos produtores);
Cadastro Ambiental Rural (CAR).
Todo e qualquer tipo de empréstimo voltado para atividades agropecuárias é resguardado pelo Sistema Nacional de Crédito Rural (SNCR).
Os recursos são direcionados para empresas, cooperativas de produtores rurais, agricultores e pecuaristas pessoas físicas.
Como encontrar as melhores opções disponíveis
Na hora de escolher a melhor opção de empréstimo rural, é fundamental analisar e comparar as condições oferecidas por diversas instituições financeiras, como taxas de juros e prazos de pagamento.
Bancos especializados em agronegócio e cooperativas de crédito rural costumam ser as alternativas mais populares, pois compreendem as particularidades do setor.
Além disso, programas governamentais de financiamento agrícola podem ser uma fonte atrativa de recursos, oferecendo condições diferenciadas para os produtores.
