O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira que o Conselho Monetário Nacional (CMN) confirmou o teto de 100% para os juros cobrados no rotativo do cartão de crédito, conforme definido em lei aprovada pelo Congresso.
“Hipoteticamente, suponha que uma pessoa contrate uma dívida de 1 mil reais no cartão de crédito e não pague. Ela estaria sujeita a quase 500%… 450% de juros, no ano”, citou Haddad, em entrevista a jornalistas na portaria do ministério, em Brasília. “Hoje (com essa medida), isso não vai poder exceder 100%”, completou.
Haddad pontuou que, com isso, a dívida do rotativo não poderá aumentar mais do que o valor original da própria dívida.
“O juro acumulado do rotativo tem uma trava, tem um teto, que é de 100%, ou seja, exatamente no valor da dívida”, disse.
De acordo com Haddad, continuarão a valer as regras normais do cartão de crédito, do rotativo, sendo que a única mudança será justamente a limitação dos juros.
“Pelo menos, (agora) temos um limitador daquilo que parecia aos olhos da população muito abusivo”, acrescentou.