Home Economia e Política Ideal seria aprovar reforma tributária sem exceções, mas há necessidades políticas, diz Appy

Ideal seria aprovar reforma tributária sem exceções, mas há necessidades políticas, diz Appy

Falando na Conferência Anual do Santander, Appy disse que, com as exceções previstas atualmente, a reforma tributária já melhoraria em 80% o sistema de impostos atual, mas, sem as exceções, melhoraria em 90%

by Reuters
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O secretário extraordinário da reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, disse nesta quarta-feira que o ideal seria aprovar um texto sem nenhuma exceção para o novo modelo tributário, mas que o governo sabia que politicamente era necessário fazer algumas concessões.

Falando na Conferência Anual do Santander, Appy disse que, com as exceções previstas atualmente, a reforma tributária já melhoraria em 80% o sistema de impostos atual, mas, sem as exceções, melhoraria em 90%.

Appy também ressaltou que o texto da proposta define que a alíquota padrão do custo será aquela que mantém a carga tributária atual.

Falando ao lado de Appy, o relator da reforma tributária na Câmara dos Deputados, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que é preciso desmistificar a narrativa de que a alíquota da reforma será maior do que a atual.

Segundo ele, a reforma possibilitará, em um segundo momento, reduzir alíquota do consumo para haver equilíbrio, cobrando mais de renda e patrimônio.

Medida eleita como prioritária tanto pelo governo quanto pelos parlamentares, a reforma tributária deu seus primeiros passos e foi aprovada pela Câmara dos Deputados no início de julho. Agora, tramita no Senado.

De acordo com um estudo divulgado este mês pelo Ministério da Fazenda, a alíquota-padrão do imposto sobre consumo a ser cobrado após a entrada em vigor da reforma tributária seria de 27% em cenário conservador, caso sejam mantidos todos os tratamentos favorecidos aprovados pela Câmara dos Deputados. Isso estaria acima do percentual de 25% que vinha sendo tratado como possível pelo ministro da Fazenda.

A proposta que tramita no Congresso não define a alíquota do novo imposto, a ser estabelecida em regulamentação futura por meio de lei complementar.

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