Outro dia uma amiga recebeu R$10 mil e, como boa mineira que ela é, me ligou querendo conselhos para aplicar o “dindin”. Fui com ela até a agência dela e deixei que ela conversasse com o gerente.
Depois do “menino” bombardeá-la com um monte de siglas indecifráveis para o cidadão comum, decidi intervir para tentar simplificar. O dinheiro era importante pra ela e eu não achei legal que minha amiga aplicasse em alguma coisa que não conseguisse entender. No final das contas isto nos restringiu apenas à boa e velha poupança e ao CDB.
O gerente tinha os 2 produtos: a poupança com sua rentabilidade oficial, que hoje gira em torno de 6,3% a.a., e o CDB, oferecido com rentabilidade de 80% do CDI. Minha amiga logo olhou pra mim esperando a solução e eu… travei!
Pensei comigo: “A agora? Xiiiii… não sei qual dos 2 escolher de imediato. Preciso fazer as contas e consultar outras fontes”. Essa atitude nos levou a ter que adiar a aplicação em algumas horas.
Confesso que percebi que isto a decepcionou um pouco. Por isso decidi compartilhar com vocês minha conclusão, considerando as taxas atuais de mercado. Vejam a tabela abaixo:
Então, a regrinha de bolso para os outros amigos mundo afora é: defina em qual das quatro colunas de prazo da tabela acima você está. A partir daí, exija no mínimo o percentual constante da 2ª linha para trocar a poupança pelo CDB.
No caso da minha amiga, com o CDB rendendo 80% do CDI, ela só deveria optar pela poupança se fosse precisar do dinheiro antes de 6 meses. Ou seja, se sua decisão fosse por uma aplicação de curtíssimo prazo. Caso pudesse manter o dinheiro aplicado por mais tempo que isto, ela deveria ficar com a oferta do CDB.
Cabe lembrar que o percentual do CDI oferecido nos CDBs pode e deve ser negociado. Quanto maior melhor. Até a próxima.
Foto: Shutterstock, Golden coins in soil with young plant isolated. Money growth.