O ministro das Relações Exteriores da Jordânia, Ayman Safadi, disse nesta quarta-feira que uma retaliação israelense contra os ataques iranianos pode representar um risco verdadeiro de arrastar toda a região para uma guerra devastadora.
Em uma entrevista publicada pela imprensa estatal, Safadi afirmou que seu país está fazendo lobby com grandes potências contra uma escalada que teria consequências abrangentes para a estabilidade e a segurança regional.
“Os riscos são enormes. Isso pode arrastar toda a região a uma guerra, que seria devastadora para nós na região e teríamos implicações muito, muito sérias para o resto do mundo, incluindo os EUA”, disse Safadi.
“A situação é muito perigosa. As chances de uma explosão regional são reais e isso tem que parar. Temos que assegurar que não haverá mais uma escalada”, acrescentou.
Firme aliada dos EUA, a Jordânia, com ajuda de defesas aéreas norte-americanas e apoio de Reino Unido e França, derrubou a maioria dos drones e mísseis iranianos que voaram sobre o país em direção a Jerusalém e uma ampla gama de alvos em Israel.
“Agora, a pressão deveria estar sobre Israel para não escalar”, disse Safadi, acrescentando que Teerã afirmou que atacou em retaliação a uma suposta ofensiva aérea israelense contra seu complexo de embaixada em Damasco, em 1º de abril, e que não irá além, a menos que Israel responda.
Israel decidiu claramente retaliar contra o Irã devido aos ataques com mísseis e drones, disse o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, durante uma visita a Israel na quarta-feira, o que representa o aviso mais contundente de que mais ataque está por vir na escalada regional.
“Está claro que os israelenses estão tomando a decisão de agir”, disse Cameron aos repórteres no início de sua visita a Jerusalém. “Esperamos que eles o façam de uma forma que contribua o mínimo possível para a escalada.”
“Eles precisam receber uma mensagem clara e inequívoca do G7”, afirmou ele.