Uma sólida maioria dos professores dos Estados Unidos vai ao trabalho todos os dias ansiosa com a possibilidade de que um massacre ocorra na escola, uma tendência que espelha o crescente número de incidentes desse tipo nos EUA, mostrou um estudo publicado nesta sexta-feira.
Uma pesquisa do Pew Research Center com cerca de 2.500 professores mostrou que mais da metade deles está pelo menos um pouco preocupada, e outros 18% estão extremamente ou muito preocupados com a possibilidade de um massacre em suas escolas.
O controle de armas e a segurança dos espaços de ensino se tornaram um dos principais problemas políticos e sociais dos Estados Unidos, onde o número de ataques a tiros em escolas deu um salto nos últimos anos.
Entre 2021 e 2023, foram contabilizados 912 ataques em escolas, mais de três vezes mais do que em qualquer outro triênio em quatro décadas de coleta de dados, de acordo com o website K-12 School Shooting Database.
A pesquisa, conduzida entre os dias 17 de outubro e 14 de novembro de 2023, indicou que 31% dos professores de escolas urbanas precisaram realizar um “lockdown” defensivo por causa de ações com armas durante o ano escolar de 2022-23, 10% a mais do que aqueles em instituições nos subúrbios ou em áreas rurais.
Apenas três a cada dez professores disseram que a escola onde trabalham fez um trabalho excelente ou muito bom para prepará-los para a possibilidade de um agressor armado atacar a instituição, mostrou o estudo.
Mais de três quintos dos professores afirmaram que um melhor diagnóstico e tratamento de problemas de saúde mental para crianças e adultos seria extremamente ou muito efetivo para impedir os massacres. Metade opinou que ter policiais ou seguranças armados nos locais seria muito efetivo.
Mais de um quarto dos professores que tendem a apoiar republicanos e apenas 3% daqueles inclinados aos democratas creem que armar professores e funcionários seria muito efetivo para impedir os massacres.