Hermes pergunta: “Navarro, muitos amigos meus perderam o emprego em 2015. O pior é que com o agravamento da crise, a perspectiva de retornar ao trabalho é muito negativa. Como devo me preparar financeiramente para superar momentos assim, pois percebi que isso pode acontecer com qualquer um e a qualquer hora? Obrigado”.
Ao analisar nesses últimos dias os temas mais comentados em relação à economia e o futuro do país, um dado me chamou a atenção: o desemprego. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a taxa de desempregado subiu e fechou o primeiro trimestre do ano em 7,9%. O número apresentado equivale a 7,934 milhões de pessoas, número bem expressivo.
Culturalmente, o brasileiro não costuma se preparar para o futuro, mas passa a se preocupar com ele sempre que uma crise atrapalha seus planos presentes. Ora, por que não poupar quando tudo vai bem e os ventos sopram a favor, como há pouco tempo? Ah, melhor gastar, não é mesmo?
Com a piora do cenário econômico, turbinado pela inflação alta e crédito muito mais caro, boa parte dos especialistas já imaginava e alertava para a elevação da taxa de desocupação, mas o que vem surpreendendo muita gente é a velocidade com que isso está acontecendo.
Educação financeira agora e sempre!
As crises são cíclicas e frequentes, especialmente por aqui: elas aconteceram no passado e certamente continuarão a acontecer no futuro. O que muda é a forma como as pessoas lidam com essa realidade; a educação financeira tem, ao longo do tempo, apresentado oportunidades de lidar de forma inteligente e consciente com estes momentos.
No artigo Supere a Crise Econômica com Educação Financeira, o Ricardo Pereira toca em um ponto muito importante, o padrão de vida. No atual cenário econômico, é fundamental avaliar a realidade financeira com cuidado e realizar os ajustes necessários, aproveitando o ano de 2015 para começar do básico, a reserva de emergência:
“Educação financeira é prática! Está mais do que na hora de assumirmos nossa responsabilidade e adquirirmos o hábito de formar uma reserva de emergência, de investir com zelo e inteligência para realização dos objetivos e de sermos cada vez mais responsáveis com o crédito.”
Reserva de emergência: a solução para evitar sua crise pessoal
As boas práticas da educação financeira pedem que a reserva de emergência seja uma prioridade na sua vida. Infelizmente, poucos são os brasileiros que percebem essa necessidade e a colocam em prática.
E reserva de emergência não é nada de outro mundo: estamos falando de ter uma reserva financeira capaz de sustentar seu padrão de vida por 6 a 12 meses, o que é suficiente para ajudá-lo em uma eventual recolocação profissional ou mesmo diante de um evento inesperado (doença, problema familiar etc.).
Os produtos de investimento disponíveis para isso também melhoraram muito com o passar dos anos. Se antigamente a opção número um para isso era a caderneta de poupança, hoje temos o Tesouro Direto, especialmente o título chamado “Tesouro Selic”, como excelente opção – clique aqui para fazer um curso online gratuito sobre Tesouro Direto.
Quer saber mais? A boa notícia é que hoje existe muito material de excelente qualidade, disponível através de livros e sites como o Dinheirama, capaz de ajudar você e sua família a entender e formar sua reserva de emergência. Aqui mesmo já publicamos diversos materiais muito interessantes sobre tema:
- Você mantém uma reserva financeira para emergências?
- Reserva de emergência: por que é importante ter uma e como montar?
Pare de esperar pelas coisas e comece a criar suas próprias oportunidades!
Eu preciso ser honesto e direto: tudo indica que a crise econômica no Brasil irá durar mais algum tempo. O governo está tentando aprovar no Congresso uma série de medidas do seu chamado “ajuste fiscal”, o que tende a deixar a vida dos desempregados ainda mais complicada.
Sempre que deixamos o nosso futuro por conta do governo, corremos o risco de nos depararmos com situações que fogem do nosso controle. Uma das mudanças no pacote proposto diz respeito ao seguro desemprego, e é possível que no futuro outras situações tragam mais preocupações (pois é, você pensou na previdência, certo?).
Todos nós já percebemos que são necessárias reformas de toda ordem e em diversos aspectos (infraestrutura, leis trabalhistas e sistemas político, tributário e fiscal, por exemplo) e o cenário pode ficar ainda mais desafiador: o que faremos quando a nossa expectativa de vida aumentar ainda mais?
É indispensável pensar o quanto antes no futuro, cuidando com carinho de alguns detalhes, como o orçamento familiar, as decisões de consumo e, principalmente, os investimentos (a reserva de emergência, mencionada mais acima, se encaixa aqui).
Outro hábito importante é ter como modelo pessoas que já conseguiram alcançar o sucesso financeiro e se tornaram ricas e bem-sucedidas. Algum tempo atrás, gravei um vídeo especial falando das características dessas pessoas e acredito que este material será uma boa maneira de começar uma transformação positiva na sua vida, assista:
Conclusão
Desemprego alto, inflação galopante, crédito escasso e cada vez mais caro. Caramba, está complicado, hein? Pois é, infelizmente não podemos fugir dessa realidade. Estamos diante daquele momento de escolhas importantes.
Convenhamos, é hora de experimentar uma vida um tanto diferente daquela com a qual nos acostumamos nos últimos tempos; uma vida em que as decisões precisarão ser cada vez mais acompanhadas de racionalidade e senso de prioridade.
O fundamental é começar o quanto antes a valorizar o presente como ferramenta para garantir um futuro mais estável, independente do momento econômico e financeiro do país. Aposte na educação financeira e crie, hoje, um futuro à prova de crise. Isso é possível e só depende de você.
Que tal a leitura de hoje? Deixe sua opinião no espaço de comentários abaixo ou mande-me uma mensagem no Twitter – sou o @Navarro por lá. Obrigado e até a próxima. Abraços.
Foto “Happy businessman”, Shutterstock.