Quem acompanha o mercado financeiro global tem visto, nos últimos dias, as bolsas de valores mundo a fora enfrentarem grandes solavancos. Queda no preço do barril de petróleo, alta do dólar, elevação da taxa de juros americana, bolha financeira e imobiliária na China, tudo é motivo para levar a cotação das ações a sofrerem excessiva volatilidade.
Não bastasse a crise político-econômica pela qual estamos passando em solo brasileiro, agora teremos que superar também uma crise internacional que, ao que tudo indica, não é de pequenas proporções (e que não deve acabar tão cedo).
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Para quem achava que estávamos no fundo do poço, sinto informar que o poço é mais fundo do que imaginávamos. Em bom português: o que era ruim pode ficar um pior antes de começar a melhorar. Estamos diante do clássico “não há nada tão ruim que não possa ser piorado”. Nos próximos meses, o povo brasileiro sentirá isso na pele, em especial os investidores.
Infelizmente, vivemos em um país em que a educação é para lá de precária. E quando tratamos de educação financeira, a situação se torna ainda mais calamitosa. Orçamento, planejamento financeiro, investimento, nada disso faz parte do cotidiano da esmagadora maioria da população.
A ignorância é um dos componentes mais democráticos da nossa nação. Atinge brancos e negros, ricos e pobres, quem não consegue nem pagar as contas e quem tem dinheiro sobrando para investir.
Estamos vivenciando um momento de turbulência financeira que só tende a piorar nas próximas semanas. Para quem tem um pouco mais de conhecimento sobre as alternativas de investimento disponíveis, em especial na Bolsa de Valores, esse é um momento de grandes oportunidades.
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Entretanto, o nível de conhecimento do investidor brasileiro acerca do mercado financeiro e suas alternativas de investimento são para lá de limitados, o que implica não apenas deixar de aproveitar as boas oportunidades que sempre surgem em momentos adversos, como também tomar decisões equivocadas e acabar obtendo prejuízos em suas aplicações.
Quer você tenha capital aplicado ou disponível para aplicar, essa é a hora de usar mais a razão e menos a emoção ao tomar suas decisões de investimento. E isso só é possível com uma boa dose de conhecimento, caso contrário você não conseguirá enxergar os riscos (e muito menos as oportunidades).
Vivenciei a crise do subprime norte-americano em 2008 bem de perto. Mais de perto do que eu gostaria, para ser sincero. Naquela época, eu era um investidor iniciante e, como tal, não estava preparado para o que viria adiante. Resultado? Vi meu patrimônio evaporar em questão de semanas.
De 2008 para cá, muita coisa mudou, mas uma verdade permanece a mesma: as crises são o pesadelo dos ignorantes e o sonho dos sábios. Para quem tem capital disponível para investir e sabe como utilizar esse dinheiro, momentos de pânico como o que estamos começando a vivenciar são um prato cheio. Já para os demais, o pesadelo está só começando!
Foto “Success door”, Shutterstock.