Os países do Fundo Monetário Internacional concordaram neste sábado com um “aumento significativo” dos aportes de recursos para empréstimo da instituição até o final do ano, e a diretora-gerente do Fundo, Kristalina Georgieva, alertou que o conflito entre Israel e Gaza está elevando a incerteza econômica global.
Em uma coletiva de imprensa após uma reunião do Comitê Financeiro e Monetário Internacional do FMI (IFMC), a diretora Nadia Calvino não divulgou os termos do aumento da cota de financiamento, mas disse que isso garantirá que o FMI seja capaz de manter a estabilidade financeira global.
A redação final de uma declaração ainda estava sendo negociada, de acordo com uma fonte familiarizada com as negociações.
Não ficou claro se o comitê endossaria um plano amplamente apoiado pelos EUA para que os países contribuam com novos fundos proporcionalmente às suas participações atuais, o que atrasaria quaisquer ganhos para a China e outros mercados emergentes grandes, como o Brasil.
Calvino, a ministra da economia da Espanha que está terminando seu mandato como presidente do comitê, disse que houve unanimidade nas “questões centrais”.
Georgieva disse em uma coletiva de imprensa que a gravidade do conflito entre Israel e Gaza havia se tornado aparente durante as reuniões do FMI e do Banco Mundial desta semana, conforme a situação evoluiu de ataques a “civis inocentes” em Israel para “a necessidade de encontrar maneiras de evitar a perda de vidas civis em Gaza”
“Posso dizer que o choque que as pessoas sentiram veio em nossas reuniões”, disse Georgieva.
Ela disse que ainda é muito cedo para avaliar o impacto do conflito na economia global.
“O que vemos, é claro, é um reconhecimento de que essa é mais uma fonte de incerteza”, disse ela, acrescentando que muito dependerá de seu escopo e duração.