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Países em desenvolvimento apostam em tecnologia na cúpula de Havana

Pedimos à comunidade internacional, ao Sistema das Nações Unidas e às Instituições Financeiras Internacionais que apoiem os esforços dos países do Sul

por Reuters
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No sábado, as nações em desenvolvimento declararam o dia 16 de setembro como o “Dia da Ciência, Tecnologia e Inovação no Sul”, enquanto se preparavam para encerrar uma cúpula de dois dias sobre o assunto.

“Observamos com profunda preocupação as disparidades existentes entre os países desenvolvidos e em desenvolvimento em termos de condições, possibilidades e capacidades para produzir novos conhecimentos científicos e tecnológicos”, diz a declaração final do grupo G77 de nações em desenvolvimento e da China.

“Pedimos à comunidade internacional, ao Sistema das Nações Unidas e às Instituições Financeiras Internacionais que apoiem os esforços dos países do Sul para desenvolver e fortalecer seus sistemas nacionais de ciência, tecnologia e inovação”, afirmou a organização, que agora conta com 134 países.

A declaração citou a pandemia e a distribuição desigual de vacinas como exemplo, apontando que todas, exceto a de Cuba, foram desenvolvidas fora do bloco e as nações ricas foram desproporcionalmente vacinadas.

A China afirma que não é membro do G77, apesar de estar listada como tal pelo bloco, mas Pequim diz que apoiou as reivindicações legítimas do grupo e manteve relações de cooperação.

O presidente cubano Miguel Diaz-Canel, cujo país ocupa a presidência da organização este ano, disse na sexta-feira que os dados da ONU mostram que 10 países respondem por 90% das patentes e 70% das exportações de tecnologias avançadas de produção digital.

“A criação e a disseminação de tecnologias avançadas de produção digital em todo o mundo permanecem concentradas, com pouca atividade na maioria das economias emergentes”, disse ele.

O G77, que é o maior grupo das Nações Unidas em termos de população e número de membros, convocou uma reunião especial para tratar das questões levantadas na cúpula.

A declaração final de 46 pontos reitera as demandas de longa data por uma ordem econômica e social internacional mais equitativa, que afirma ser impossível sem acabar com a dominação tecnológica dos países desenvolvidos.

Ao mesmo tempo, pede mais cooperação entre os países membros em ciência, tecnologia e inovação como estratégias para seu desenvolvimento.

O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva disse na reunião de sábado que o grupo deve promover a industrialização sustentável, o investimento em energia renovável, na bioeconomia e na agricultura de baixo carbono “sem esquecer que não temos a mesma dívida histórica que os países ricos com o aquecimento global”

Embora mais de 100 delegações de membros tenham participado da cúpula, apenas o Brasil e algumas dezenas de outros países foram liderados por chefes de Estado.

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