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Pedir desconto: sempre vale a pena negociar e pagar mais barato

por Conrado Navarro
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Se você já acompanha o que existe de conteúdo sobre finanças pessoais, certamente conhece a máxima do megainvestidor Warren Buffett que diz: “Regra 1: nunca perca dinheiro; Regra 2: nunca se esqueça da Regra 1”.

Ninguém quer desperdiçar dinheiro, mas nem sempre é assim que agimos no nosso dia a dia, principalmente quando o assunto é comprar bem (ou gastar dinheiro, se preferir). Somos muito bons em contar vantagem, mas nem sempre somos diligentes o suficiente para criá-las.

Qual o problema, então? Nenhum. Cada um gasta o seu dinheiro como bem lhe convém, assim como escolhe que história quer contar. Você certamente conhece alguém que fez um péssimo negócio, mas que adora falar de como fez algo incrível.

O alerta sobre tais “contadores de histórias” é importante no começo deste texto, afinal você não pode se tornar um deles ou qualquer discussão sobre negociar melhor uma compra ou pedir desconto não fará sentido.

Guarde a parte mais importante do material que está lendo agora: pessoas bem-sucedidas e que constroem patrimônio são excepcionais ao negociar e comprar qualquer coisa. Ou seja, aprender a comprar é uma das habilidades mais importantes que você deve aprender.

Pedir desconto: mais que um direito, um dever

Não tem nada de errado em querer pagar mais barato. Pedir desconto não é pecado. Querer pagar menos do que o preço anunciado não faz de você um cliente indesejado. Caso um destes pensamentos tenha passado pela sua cabeça, esqueça-o definitivamente.

Você trabalha muito para ter o que tem, para conquistar o que deseja, portanto considere sempre esta realidade ao pensar se deve ou não pedir desconto. Algumas perguntas para provocá-lo:

  • Quantas horas a mais você terá que trabalhar caso não consiga o desejado desconto?
  • O que você pode comprar com o valor do desconto?
  • Será que não faz sentido guardar o dinheiro economizado ao pedir desconto?

Pedir desconto, caro leitor, é um dever de quem valoriza o próprio tempo, sua família e, claro, seu dinheiro. Pode parecer estranho dedicar tantas linhas a um tema aparentemente óbvio, mas a verdade é que negociar não é algo comum no dia a dia de muitos brasileiros.

O que existe é uma sensação de estar fazendo bons negócios, que se manifesta depois que algumas boas compras são de fato realizadas. Infelizmente, o efeito delas é pequeno diante das inúmeras outras decisões erradas.

Quando devo pedir desconto?

Sempre. Em toda compra. Talvez a agenda do seu dia a dia seja preenchida majoritariamente por pequenas compras, uma ida à padaria, uma passadinha na farmácia com compras miúdas que são pagas quase de forma automática. Normal, mas experimente pedir desconto nestes momentos também.

Uma possibilidade muito interessante passou a ser o cashback, ou simplesmente dinheiro de volta, modalidade cada vez mais utilizada por diversos estabelecimentos comerciais como forma de fidelizar o cliente. Você compra e ganha desconto para uma próxima compra, e isso é muito bom.

Há uma questão psicológica e emocional relacionada ao desconto que não pode ser desprezada. Quando você se acostuma a negociar bem, passa a se preocupar de forma mais intensa com o desperdício do dinheiro e isso ajuda a colocar o orçamento familiar como uma prioridade.

Como devo pedir desconto?

O segredo para pedir desconto é que não existe segredo. Existem, sim, algumas regras e dicas que podem ajudar neste momento, confira:

1. Negocie o desconto sem questionar a forma de pagamento

O pagamento à vista é geralmente o mais interessante para conseguir o melhor desconto, mas isso não significa que esta deva ser a regra. Seu objetivo é tentar o menor preço possível, mas melhores condições de pagamento para você.

2. Prefira pagar à vista

O desconto costuma ser melhor quando o pagamento acontece à vista, portanto vale considerar esta opção como a preferida para pechinchar. Talvez você tenha que guardar dinheiro para aumentar seu poder de barganha, e isso também fará muito bem para o seu bolso.

3. Negocie de forma educada e tranquila

Uma negociação não precisa ser uma discussão ou aquela situação desagradável em que parece que o cliente é um ser superior em relação ao vendedor. Você pode conversar com o gerente de forma educada e cordial e conseguir excelentes resultados, experimente!

4. Evite comprar quando estiver com fome ou com pressa

Se você tem pouco tempo disponível para comprar, sua negociação não vai funcionar. O vendedor é um profissional treinado para “ler” seu comportamento e, se ele perceber que você está com pressa, vai tentar enrolar ao máximo o negócio para que você feche seguindo os termos dele. Com fome, acontece algo parecido.

5. Pesquise preços

Dica batida, mas relevante. Se você sabe os preços do mesmo produto em outras lojas, pode exigir um desconto até maior para fazer uma compra melhor; ou pagar o mesmo preço, mas em um local de acesso mais fácil e cômodo (o que também significa mais barato). Atenção porque muitas lojas afirmam que são capazes de “cobrir ofertas”. Aproveite.

6. Aproveite todo e qualquer desconto

A questão dos pequenos valores nas finanças pessoais é emblemática: são eles que, somados ao longo do mês, costumam “quebrar” o orçamento de muitas famílias. Logo, são eles também que podem fazer a diferença quando você vai comprar e negociar. Todo e qualquer desconto é válido e deve ser aproveitado.

Conclusão

Quem pede desconto não tem nada de “pão duro” ou “sovina”, apelidos pejorativos usados de forma indiscriminada por quem não dá a mínima para o planejamento financeiro. E, quer saber, pedir desconto não é alto que mereça satisfação ou consentimento de outra pessoa.

Não se deixe levar pelas influências de consumo e mantenha-se firme no propósito de lidar bem com suas finanças pessoais e organizar seu fluxo de caixa de maneira a economizar sempre que possível – e pedir desconto é um passo crucial neste sentido.

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