O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, deverá substituir seus ministros das Relações Exteriores e da Defesa, informou a emissora pública NHK, na véspera de uma reforma ministerial planejada, em um momento em que o premiê busca aumentar sua popularidade em baixa.
A NHK informou nesta terça-feira que o ministro das Relações Exteriores, Yoshimasa Hayashi, será sucedido por Yoko Kamikawa, ex-ministra da Justiça que supervisionou a execução do líder da seita apocalíptica Aum Shinrikyo, que realizou um ataque mortal com gás sarin no metrô de Tóquio em 1995.
Kamikawa seria uma das cinco mulheres na formação do novo governo, disse a NHK, um recorde e um aumento em relação às duas atuais. No entanto, um relatório do Fórum Econômico Mundial que mede a paridade de gênero classificou o Japão em 125º lugar entre 146 países em 2023, com um desempenho particularmente ruim em termos de empoderamento político.
Em outros cargos, Minoru Kihara substituirá Yasukazu Hamada como ministro da Defesa. Kihara atualmente dirige um grupo interparlamentar Japão-Taiwan. O parlamentar do partido governista Yoshitaka Shindo será o ministro da Economia, substituindo Shigeyuki Goto.
A maioria dos outros ministros importantes deve manter seus cargos, em um sinal de que não haverá uma reformulação drástica das políticas econômicas. O ministro das Finanças, Shunichi Suzuki, e o ministro da Indústria, Yasutoshi Nishimura, devem permanecer, informou a NHK.
Pesquisas de opinião recentes mostram que Kishida, que se tornou primeiro-ministro há menos de dois anos, obteve índices de aprovação mais baixos do que de desaprovação. Ele disse que planeja reformular seu gabinete e fazer mudanças na liderança do Partido Liberal Democrata na quarta-feira.