O presidente do Federal Reserve de Richmond, Thomas Barkin, disse nesta quinta-feira que o banco central dos Estados Unidos tem tempo para decidir o que vem a seguir em termos de política monetária, enquanto espera por mais garantias de que a inflação está de fato voltando à meta.
“Acho que é inteligente levar o tempo que precisarmos”, disse Barkin em uma reunião do Clube Econômico de Nova York. “Ninguém quer que a inflação ressurja”, disse, “e dada a demanda robusta e um mercado de trabalho historicamente forte, temos tempo para construir essa confiança antes de iniciarmos o processo de redução da taxa básica”.
Barkin disse a repórteres, após seus comentários, que não quer julgar antecipadamente o resultado das futuras reuniões do Fed e se negou a dizer quando estará pronto para cortar os custos de empréstimos.
Mas ele disse que é importante ver uma ampliação dos fatores que pressionam a inflação para baixo para ganhar confiança de que as pressões sobre os preços estão em uma trajetória sustentada de volta a 2%.
Em seu discurso, Barkin disse que as pressões de preços parecia estar diminuindo antes de voltar a subir, e é por isso que ele quer ter certeza de que a inflação está realmente voltando para 2% antes de pedir uma mudança na política monetária.
“Estou esperançoso, mas ainda estou buscando mais convicção de que a desaceleração da inflação está se ampliando e é sustentável”, disse Barkin. No entanto, ele acrescentou que “grande parte da queda da inflação até o momento foi decorrente da reversão parcial dos aumentos de preços de bens do período da pandemia. A inflação de serviços de moradia e outros permanece mais alta do que os níveis históricos”.
“É possível que voltemos à economia pré-pandêmica sem problemas”, disse Barkin. Porém, “também é possível que o pouso seja um pouco mais instável, com pressão contínua sobre a inflação ou desafios de demanda que precisaremos combater”.
Barkin destacou parecer provável que os próximos dados de inflação continuem a desacelerar. Ele também disse que os dados econômicos recentes têm sido “notáveis” por sua força.