Home Investimentos Previdência Privada não é só para aposentadoria! Descubra como investir

Previdência Privada não é só para aposentadoria! Descubra como investir

by Leonardo Moric
0 comment

Pensar em planos de previdência privada como investimento é novidade para você? Saiba que é possível usá-los para a aposentadoria, como uma poupança para os filhos e outros objetivos de médio e longo prazo.

Pensar em como será nossa renda na aposentadoria não é algo muito comum. Isso porque estamos acostumados com a ideia da Previdência Social, seguro público que garante a renda de pessoas inativas economicamente.

Mas, em cenários econômicos desfavoráveis, quem não elabora um plano de aposentadoria corre sérios riscos. Com o aumento da expectativa de vida do brasileiro e as incertezas econômicas, o Governo pode não ter estrutura para bancar todos os beneficiários. 

Além disso, o benefício público possui um teto salarial, independentemente da renda que você tinha no mercado de trabalho. Por isso, se você quer manter seu padrão de vida após parar de trabalhar, precisa começar a pensar em outras opções.

Os planos de previdência privada são um tipo de investimento de longo prazo que podem te ajudar a ter uma boa renda na aposentadoria. Mas, é possível fazer muito mais com esse tipo de aplicação. Continue essa leitura para saber mais!

O que é previdência privada?

A Previdência Privada é uma modalidade de investimento indicada para quem possui objetivos de médio e longo prazo. Ela possui esse nome por ser uma alternativa para complementar ou até mesmo substituir a aposentadoria paga pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Essa alternativa ganhou ainda mais destaque após a Reforma da Previdência, lei que mudou as regras do benefício e tornou o acesso à aposentadoria ainda mais difícil.

Isso levou muitas pessoas a entenderem que não poderão contar somente com a renda paga pelo Governo. Além disso, as novas regras podem não ser suficientes para equilibrar as contas do Governo e novas reformas podem ser necessárias.

Conheça as diferenças entre a Previdência Privada e a Previdência Social.

Como investir em Previdência Privada?

Qualquer pessoa de qualquer idade pode fazer um plano de previdência e aplicar seu dinheiro ao longo dos anos. 

O plano de previdência pode ser contratado por meio de bancos, corretoras, gestoras ou plataformas de investimentos. As aplicações são feitas em fundos de previdência, que renderão juros com o passar do tempo.

Existem duas etapas envolvidas nesse tipo de investimento: a acumulação e o resgate. Na primeira, o titular faz aplicações e tem seu dinheiro capitalizado. Na segunda, ele decide a maneira como irá resgatar esse valor e complementar sua renda.

Como funcionam os investimentos em previdência privada?

Composição da carteira

A Previdência Privada é um investimento, e os fundos de previdência possuem carteiras com características diferentes. Como cada investidor possui um perfil e objetivos diferentes, os gestores também oferecem opções variadas para atendê-los.

Os fundos de previdência são divididos em quatro categorias, conforme a estratégia e a composição da carteira:

Renda Fixa

Fundos que procuram obter retorno com aplicações em ativos de renda fixa, como CDBs, debêntures, títulos públicos e outros. Eles são classificados de acordo com:

  • O prazo médio dos ativos;
  • O tipo de papéis nos quais são aplicados: fundos de previdência soberanos (100% do valor aplicado em títulos públicos federais), grau de investimento (80% do valor aplicado em títulos de baixo risco) ou crédito livre (mais de 20% do valor aplicado em ativos de médio e alto risco).

Balanceados

Fundos que procuram retorno no longo prazo por meio de aplicações diversificadas. Eles são classificados conforme a fatia da carteira destinada às aplicações de renda variável. Existem fundos de previdência de 15% a 30%, 30% a 49% e acima de 49%.

Multimercados

São os fundos que aplicam os recursos em vários tipos de ativos, conforme regras específicas. Por exemplo, os fundos previdenciários multimercados juros e moedas fazem aplicações em ativos e derivativos atrelados a juros, índices de preços e moedas estrangeiras, mas não podem aplicar em commodities ou renda variável. Por outro lado, os multimercados livres podem aplicar em qualquer tipo de ativo.

Ações

São os que aplicam, no mínimo, 67% da carteira em ações e outros ativos de renda variável. 

Rendimento

Os rendimentos dos fundos de previdência variam conforme a estratégia adotada pelo gestor. Normalmente, os investimentos de alto risco, como em renda variável, costumam trazer resultados mais atrativos, mas isso depende dos papéis que estão incluídos na carteira.

Além disso, quanto mais tempo o dinheiro fica aplicado, mais chances de lucro. O longo prazo é uma das principais vantagens dos fundos de previdência, já que os resgates são programados para 10, 20 ou 30 anos.

Custos

A aplicação em Previdência Privada envolve dois custos principais:

Taxa de carregamento

Esse valor é descontado das contribuições feitas ao longo do período de acumulação. Ele serve para remunerar os gestores e distribuidores dos planos de previdência. 

Existem instituições que não cobram essa taxa e outras que determinam que quanto mais alta a contribuição, menor a taxa. Além disso, existem aquelas que fazem a cobrança só no momento do resgate.

Taxa de administração

Cobrada pela gestora dos fundos nos quais o dinheiro é aplicado, assim como em outros fundos de investimento. Esse percentual anual é aplicado sobre o valor mantido na carteira. Uma alta taxa de administração pode acabar impactando na rentabilidade de sua aplicação.

Tributação

O investidor paga o Imposto de Renda no momento do resgate dos recursos de seu plano de previdência. Existem dois regimes de tributação diferentes:

Tabela Progressiva

Segue a lista de alíquotas que varia de 0% a 27,5%, conforme o valor recebido. A porcentagem é definida de acordo com a renda total do investidor, o que inclui outras fontes de renda além da Previdência Privada. 

Tabela Regressiva

Nesse caso, quanto mais tempo o investidor mantém seu dinheiro aplicado, menor a tributação sobre ele. É preciso fazer uma boa análise, já que se precisar resgatar o dinheiro muito cedo, a alíquota pode ser maior do que a da tabela progressiva. Confira as alíquotas da tabela regressiva.

Período de aporteAlíquota de Imposto de Renda
Até 2 anos35%
De 2 a 4 anos30%
De 4 a 6 anos25%
De 6 a 8 anos20%
De 8 a 10 anos15%
Acima de 10 anos10%

Frequência das aplicações

A frequência de pagamento das contribuições varia conforme o plano de previdência. Em alguns, é preciso fazer uma aplicação inicial mínima. Em outros, é possível começar do zero com aplicações mensais a valores acessíveis. Há, ainda, planos que não exigem contribuições mensais.

Tipos de saque

Quando o investidor contrata um plano de previdência, precisa escolher de qual forma receberá os recursos aplicados. Porém, é possível alterar essa maneira antes do fim do período de acumulação. As possibilidades são as seguintes:

  1. Recebimento integral: nele, o investidor poderá resgatar todo o valor de uma única vez;
  2. Recebimento mensal temporário: nele, o investidor poderá receber uma pensão mensal com valor fixo e prazo para iniciar e terminar;
  3. Recebimento mensal vitalício: nele, o investidor poderá receber um valor fixo a partir de uma data predefinida.

O investidor também pode resgatar o dinheiro antes do fim do período de acumulação. Para o saque integral, é preciso respeitar o período de carência (de 60 dias a 2 anos). Para saques parciais, o período varia de 60 dias a 6 meses.

Portabilidade de previdência privada

Se o investidor estiver insatisfeito com os custos ou o desempenho de seu plano, ele pode migrar seus recursos para outro plano por meio da portabilidade. Dessa forma, não é necessário resgatar os recursos e pagar os impostos para reinvesti-lo.

A portabilidade é um direito do investidor e não tem custos. A única cobrança permitida é a taxa de carregamento de saída do plano original, caso esteja em contrato. Assim, o investidor pode migrar para um plano mais rentável, mais barato ou com uma estratégia mais adequada.

Previdência privada não é só para aposentadoria

Apesar do nome, o investimento em Previdência Privada não precisa ser resgatado apenas em caso de aposentadoria. Também é possível usá-lo para realizar planos de médio e longo prazo, como a compra da casa própria, uma viagem ou até mesmo uma poupança para um filho.

É possível fazer um plano de previdência para crianças, por exemplo. Neste caso, o tempo vai ser um ótimo aliado. Imagine que você faz um plano quando a criança tiver 3 anos, com aportes mensais até os 18. Serão 15 anos de rendimentos e a possibilidade de pagar apenas 10% de imposto na tabela regressiva.

Com esse dinheiro, ele ou ela poderá pagar a faculdade, comprar um veículo, fazer um intercâmbio ou mesmo continuar investindo para ter ainda mais rendimentos.

Conclusão

Aplicar seu dinheiro em fundos de Previdência Privada é uma ótima opção para quem quer ter uma aposentadoria tranquila.

Apesar de esse investimento ser desenhado para complementar a Previdência pública, também pode ser usado como uma poupança para os filhos ou qualquer outro objetivo. Basta escolher a forma de resgate que melhor se adequa aos seus planos.

Você já sabia que é possível usar a Previdência Privada para outros objetivos? Conte-nos nos comentários!

Sobre Nós

O Dinheirama é o melhor portal de conteúdo para você que precisa aprender finanças, mas nunca teve facilidade com os números.  Saiba Mais

Assine a newsletter “O Melhor do Dinheirama”

Redes Sociais

© 2024 Dinheirama. Todos os direitos reservados.

O Dinheirama preza a qualidade da informação e atesta a apuração de todo o conteúdo produzido por sua equipe, ressaltando, no entanto, que não faz qualquer tipo de recomendação de investimento, não se responsabilizando por perdas, danos (diretos, indiretos e incidentais), custos e lucros cessantes.

O portal www.dinheirama.com é de propriedade do Grupo Primo.