Como sempre, fim de ano a previdência entra na pauta do dia. Afinal, o prazo para vencimento do prazo para abatimento no acerto de contas com o Imposto de Renda do ano seguinte é o dia 20 de dezembro.
Para o caso dos funcionários da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, este fim de ano é particularmente crítico, pois o Governo do Estado extinguiu um dos fundos de previdência, deixando muitos deles perdidos, como foi o caso da minha irmã.
Tive, então, a oportunidade de discutir com ela o funcionamento dos planos de previdência privada, as diferenças entre PGBL e VGBL (aliás, quanta criatividade para criar siglas!), tabelas progressiva e regressiva, entre outros aspectos.
Previdência privada, VGBL e PGBL
Para quem não sabe, previdência privada é um complemento à previdência oficial (INSS) que, como temos acompanhado, paga cada vez menos aos contribuintes: a média dos vencimentos hoje não chega a R$ 1.000,00. A previdência privada tornou-se, então, importante alternativa para complementação de renda na hora da aposentadoria.
O problema agora é escolher qual o melhor plano para você. Em vez de tentar explicar o que significa cada coisa, vou tentar dar uma “receita de bolo” que funciona para a maioria das pessoas: se você faz a declaração completa do Imposto de Renda e sua previdência privada é de até 12% dos seus rendimentos, faça uma previdência no formato PGBL.
E o Imposto de Renda?
Caso faça a declaração simplificada, e para valores superiores a 12%, o melhor é o VGBL. Note: se você for contribuir com mais de 12%, mas faz declaração completa de Imposto de Renda, faça um PGBL de 12% do seu rendimento e um VGBL para o restante.
Com relação à tabela regressiva ou progressiva, a regressiva vale a pena para quem pretende ter renda após a aposentadoria ou, pelo menos, deixar o dinheiro acumulando por 8 anos ou mais. Se você pretende acumular para sacar daqui a, digamos, 3 anos, opte pela tabela progressiva.
E as taxas cobradas?
Por fim, ao escolher seu plano de previdência, observe as taxas de administração, carregamento, dentre outras: taxas altas corroem seu dinheiro. Sobre isso recomendo a leitura do ótimo artigo “Você, sua aposentadoria e o impacto dos juros baixos na previdência privada”, escrito pelo Conrado Navarro. Até a próxima.
Foto “Happy retirement”, Shutterstock.