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Que tal fazer negócios e empreender no Brasil?

por Conrado Navarro
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Fazer negócios e empreender no BrasilEmpreender é uma atividade essencial para o surgimento de mais justiça social, crescimento e melhorias na gestão e desenvolvimento do país. Este parece ser o consenso entre empresários, governantes e representantes da sociedade. A questão central, pelo menos quando se trata de Brasil, é justamente a facilidade para que os negócios[bb] surjam e aconteçam. Será que abrir empresas no Brasil, contratar empregados, fazer negócios e fechar um negócio são tarefas ainda complicadas?

Raio X da avaliação
O Banco Mundial realiza uma importante avaliação econômica em diversos países – o relatório “Doing Business” – que nos auxilia e permite responder a questão com mais autoridade e profundidade. Infelizmente, a resposta ainda está longe de ser a desejada pelos brasileiros: por aqui ainda reinam sérios entraves ao dinâmico universo empresarial, o que deixa o Brasil aquém de suas possibilidades e muito longe de países com porte e economia semelhantes.

O relatório final é apresentado em forma de ranking, onde figuram os países participantes da avaliação e os quesitos analisados. Destaque para questões fundamentais levantadas pela veia empreendedora encontrada nos brasileiros, como “abrir um negócio”, “emprego de funcionários”, “registro de propriedade”, “impostos e tributação” e “fechar um negócio”. O material está disponível na Internet, o que me motivou a acessá-lo e fazer uma análise rápida de nossa situação.

Como está o Brasil?
O ranking disponível no site do projeto “Doing Business” nos coloca na 125a. posição geral, um ponto acima do posto conquistado no relatório do ano passado – estávamos em 126o. lugar. Como empresário e cidadão que vislumbra um Brasil muito maior e melhor no futuro[bb], achei bom que tenhamos subido um degrau, mas achei pouco, muito pouco!

Confira um breve retrato de nossa situação nos principais indicadores:

1. Abrir um negócio: O Brasil está na 127a. posição, duas casas atrás da última análise. Pioramos. Aqui são necessários, em média, 18 documentos para se constituir uma empresa e 152 dias para que o processo se conclua. A América Latina tem números muito mais atraentes: 9,7 documentos e 64,5 dias. Se observarmos as economias desenvolvidas, o gap é ainda maior: 5,8 documentos e 13,4 dias.

2. Emprego de funcionários: Estamos na 121a. posição, uma casa atrás do resultado encontrado no relatório anterior. Pioramos. Somamos 78 pontos no indicador que representa a dificuldade de contratação de empregados, enquanto a AL apresenta índice 34,7 e as economias desenvolvidas, 25,7. Já quando o assunto são os custos de uma demissão, vamos melhor. Nossa pontuação, 37, é mais baixa que a da média da região e mais próxima dos 25,8 dos países ricos.

3. Registro de propriedade: Nos apresentamos na 111a. posição, 4 casas acima do ano passado. Melhoramos. O tempo médio para registro, de 42 dias, já é mais baixo que a média da América Latina (71,4 dias) e está quase nos 30,3 dias necessários nos países ricos. O problema ainda está na quantidade de documentos necessários para a operação, 14. A média da AL é de 6,8 e das economias desenvolvidas, 4,7.

4. Pagar impostos e taxas: Aqui pioramos bastante. Saímos da 138a. posição na análise anterior para o 145o. lugar no atual ranking. Um número me impressionou bastante: por aqui, segundo o estudo, as empresas gastam cerca de 2600 horas anuais só para pagar taxas. Na região da AL, a média deste indicador é de 393,5 horas e nos países ricos, 210,5. Para se ter uma idéia, o segundo pior neste quesito, depois do Brasil, é Camarões, com 1600 horas. Nada do que se orgulhar.

5. Comércio exterior: Subimos seis posições neste quesito, saindo do 98o. lugar para o 92o posto. Ainda precisamos de 8 documentos, em média, para exportar, enquanto a região da América Latina usa 6,9 e os países desenvolvidos, 4,5. O tempo médio para exportação, de 14 dias, já é melhor que a média da região (19,7) e se aproxima da referência dos países ricos, de 10,7 dias. O mesmo ocorre com o tempo de importação, onde nossos 19 dias são melhores que os 22,3 dias da AL, mas ainda distantes dos 11,9 dias das economias de primeiro mundo.

6. Fechar um negócio: O Brasil está na 127a. posição, sete posições melhor que o 134o. lugar do ano passado. Este é o quesito em que o país mais melhorou, mas os números ainda são preocupantes: Aqui leva-se 4 anos para encerrar um negócio, enquanto a média da região é de 3,3 anos e dos países desenvolvidos, 1,7 anos.

Todos os dados citados neste curto artigo podem ser consultados através da página resumo do Brasil, criada pelo programa de avaliação. Lá também é possível acessar os detalhes de cada indicador, entender como foram calculados e quais as variáveis que mais influenciaram a pontuação final. Fica fácil também comparar países e regiões. Experimente acessar o espaço dedicado ao Brasil e tire suas próprias conclusões.

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Crédito da foto para stock.xchng.

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