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Renda fixa e Bovespa: o que muda com a alta da Selic?

por Ricardo Pereira
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Renda fixa e Bovespa: o que muda com a alta da Selic?Os investidores conservadores que optam por renda fixa estão passando por um período de grande agitação. A recente queda da bolsa acentua a inquietação e está relacionada ao solavanco financeiro causado pela desconfiança na política fiscal de Grécia e Espanha e a tendência de alta nos juros observada na última reunião do COPOM (Comitê de Política Monetária).

Lembrando o passado…
Quando ocorreu a estabilização econômica, com o Plano Real, não conseguimos tirar o fardo dos altos juros. Essa cultura fez com que o brasileiro se interessasse e percebesse grande vantagem ao aplicar em renda fixa. Com juros de dois dígitos, aplicações com juros pré e pós-fixados irrigaram e fomentaram toda uma geração de investidores[bb] que não precisam de muito esforço para ter bons resultados.

Com o passar do tempo as coisas foram mudando, principalmente no que tange à Taxa Selic. Mesmo não baixando a nível deveras civilizado, não temos como negar que ela experimentou uma queda considerável a partir do governo Lula. Então começamos a nos deslumbrar com notícias e bastidores, transmitidos por jornais e revistas, de pessoas que alcançaram milhões com a Bolsa de Valores. A renda fixa já não era o melhor investimento, ao menos para quem estava acostumado com grandes rentabilidades.

A onda da bolsa de valores
Pronto! Começada a “festa”, dezenas de investidores resolveram pousar na BM&F Bovespa na base da empolgação, sem preparo e com pouco conhecimento do que significa investir em ações. O que normalmente já seria motivo para preocupação se tornou algo pior: estourou a crise do Subprime e milhares de pessoas que entraram no mercado já altista viram suas ações virarem pó. Com o pânico, realizaram as perdas e amargaram prejuízos.

Também por falta de conhecimento, tais investidores preferiram seguir por um caminho diferente para o futuro. Infelizmente, muitos preferem culpar o mercado – quem é esse cara? – pelos maus negócios e não a própria ineficácia em conhecer a dinâmica do investimento em bolsa[bb].

A renda fixa e o futuro
A renda fixa perdera o posto de “garota dos olhos” dos investidores. Para se ter uma idéia, de acordo com a Anbima (Associação Brasileira das Entidades de Mercado Financeiro e de Capitais), de julho de 2009 a março de 2010 os fundos multimercados acumulavam captação de R$ 34,836 bilhões, enquanto os fundos DI registravam resgate de R$ 352,55 milhões.

Se estivermos diante de um novo ciclo de aumento nos juros, segundo sinaliza o Banco Central, o cenário poderá mudar. Os investidores de renda fixa podem tomar um fôlego adicional, mas de forma ainda comedida. Afinal, olhando para o futuro, e pela própria dinâmica econômica de um país em franco desenvolvimento, o mercado de renda fixa tende a ficar ainda menos atraente. Os juros vão subir, mas tendem a cair novamente. Assim esperamos.

A tão comentada, festejada e polêmica caderneta de poupança também perde um pouco do brilho com o aumento dos juros, afinal com os juros em 8,75%, valor anterior ao da última reunião do COPOM, apenas fundos com taxa de administração inferior a 0,5% eram competitivos. Agora com os juros em 9,50% ao ano, os fundos DI com taxas próximas a 1,5%  empatam com a poupança nos períodos mais curtos (até seis meses, onde o imposto é de 22,5%).

Esse é o cenário de momento. Vale sempre refletirmos sobre onde estamos pisando, tendo sempre uma visão global e analisando a conjuntura financeira, o que acontece nos EUA e na Europa (Espanha e Grécia principalmente). Tais regiões podem sim influenciar sua vida e refletir até nos seus investimentos[bb]. Saia da zona de conforto e busque aproveitar as oportunidades, mesmo que lhe dê um pouco mais de trabalho. Afinal, será o seu dinheiro que se multiplicará com seu envolvimento.

Crédito da foto para freedigitalphotos.net.

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