Homem, entre 36 e 45 anos de idade, natural do estado de São Paulo. Este é o perfil majoritário das cerca de 570 mil pessoas físicas hoje habilitadas a comprar e vender ações no Brasil.
São 75% homens e 25% mulheres. Um contingente cujas contas somadas totalizavam R$ 113 bilhões até abril deste ano. Que dinheirama, hein?
Na distribuição dos CPFs por unidade federativa, São Paulo (43%) e Rio de Janeiro (17%) lideram de longe a quantidade de investidores e de valores em estoque sob custódia das corretoras.
Nada mais óbvio. As duas regiões carregam uma cultura de investimento relativamente mais desenvolvida. A Bolsa de Valores do Rio de Janeiro (BVRJ) chegou a viver anos dourados até perder importância na década de 1990 perante a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) que, a partir de 2000, passaria a concentrar toda a negociação de ações do Brasil em um só ambiente.
O nível de renda agregado também explica o interesse dos cidadãos pela Bolsa. Segundo a última apuração do IBGE, de 2011, a ordem de maiores participações dos estados no PIB do Brasil começa por São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul.
Exatamente da mesma forma, MG (8%) e RS (7%) aparecem logo depois de SP e RJ em termos de número de investidores pessoas físicas.
Fora do eixo Rio-São Paulo, onde está sediada a maioria das gestoras de fundos e instituições financeiras, Minas Gerais e Rio Grande do Sul têm características interessantes de perfil de aplicadores.
Na hora de procurar uma gestora ou corretora faz uma enorme diferença ao mineiro o fato de a empresa também ser mineira e localizada em Belo Horizonte, por exemplo. Outro detalhe é o valor do “boca a boca” para atrair gente nova ao mercado de ações.
Já no Rio Grande do Sul, um competente gestor de Porto Alegre contou-me que o gaúcho dificilmente opta por investir por meio de fundos. Prefere ele próprio colocar a mão na massa do que relegar a um terceiro.
A propósito, embora fique atrás em quantidade, Rio Grande do Sul supera Minas Gerais na fatia do bolo de R$ 113 bilhões na conta de pessoas físicas no Brasil. São R$ 7,34 bilhões contra R$ 6,77 bilhões, bem menos do que em São Paulo (R$ 56,03 bilhões) e Rio de Janeiro (R$ 25,84 bilhões).
Considerando o potencial do Brasil, essas cifras devem aumentar de tamanho nos próximos anos. Ou pelo menos assim espero.
Ao escrever o boletim “Minha Primeira Ação”, tenho a missão de apresentar como funciona a Bolsa de Valores por meio de uma rotina investidora. Todos os meus movimentos são monitorados e disponibilizados em relatórios mensais e quem assina para receber o material pode descobrir como tudo funciona, de forma simples e direta.
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Porque no fim das contas, o aprendizado lhe permitirá aplicar em Bolsa com autonomia, como muitos destes investidores que retratei neste texto de hoje. Até a próxima.
Foto “Male investor”, Shutterstock.