A Rússia disse nesta quinta-feira que está coordenando sua política no Oriente Médio e no Norte da África com a China, aliado cada vez mais próximo e que recebeu a visita do presidente Vladimir Putin nesta semana.
A Rússia disse que o vice-ministro das Relações Exteriores, Mikhail Bogdanov, manteve conversas em Doha com Zhai Jun, enviado especial da China para o Oriente Médio.
Os dois trocaram opiniões sobre o conflito entre Israel e o grupo palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza.
“Houve a confirmação do foco constante de Moscou e Pequim na estreita coordenação de esforços no interesse de uma solução política desta e de outras crises no Médio Oriente e no Norte de África…”, disse um comunicado do Ministério das Relações Exteriores russo.
A Rússia considera a si mesma como potencial intermediária entre Israel e o Hamas, que desencadeou a atual crise com um ataque surpresa em 7 de outubro que matou 1.400 pessoas.
Israel respondeu com bombardeios aéreos que, segundo as autoridades de Gaza, mataram mais de 3.500 palestinos e deixaram mais de 12.000 feridos.
Moscou tentou atribuir parte da culpa pela crise aos Estados Unidos, aliado mais poderoso da Ucrânia, país contra o qual a Rússia iniciou uma invasão total no ano passado.
Uma resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) redigida pela Rússia que fazia um apelo por um cessar-fogo humanitário em Gaza, somado à libertação de reféns, ao acesso humanitário e à evacuação segura de civis necessitados, não foi aprovada na segunda-feira.
O texto condenava a violência contra civis e todos os atos de terrorismo, mas não citava especificamente o Hamas.