Na última semana tive a oportunidade de rever alguns amigos de infância, infelizmente com alguns deles já não tinha mais contato e foi muito agradável reencontrá-los e compartilhar um pouco do que havia acontecido durante tanto tempo.
Fiquei muito feliz no decorrer do bate papo porque alguns conheciam o meu trabalho aqui no Dinheirama, diziam o quanto é importante, mas mesmo com a leitura de muitos artigos se diziam angustiados porque não conseguiam “ficar de bem” com o dinheiro, no final do mês a conta não fechava.
Durante os 10 anos que estamos aqui, escrevendo e compartilhando experiências no Dinheirama um dos pontos que mais me chamou a atenção é justamente a forma como muitos ainda encaram as finanças sem nenhum tipo de controle e na base do improviso. Nesses casos a consequência é muito simples: gastam mais do que ganham.
Simples é sempre melhor
Sei que posso ser exagerado na simplicidade, pois na prática o que parece fácil se torna muito difícil, mas aprender a viver dentro do que as receitas permitem é um desafio que só pode ser vencido se encarado com muita seriedade.
Para tentar ajudar e apresentar alguns caminhos interessantes gosto de pensar nesse “ajuste” das finanças passando por três passos:
Primeiro passo: Educação Financeira não é mágica
É comum recebermos consultas através dos contatos de pessoas que buscam auxílio, alguns se dispõem até a um trabalho mais específico com consultoria pessoal.
Muitos que iniciam o processo abandonam o trabalho porque esperam que o consultor apresente um plano mirabolante onde se resolvam pendências e assim surja mais dinheiro. A maioria se frustra, porque a realidade mostra que o problema está em não mais cometer erros e aceitar que somos os principais responsáveis pelos problemas que atravessamos.
É importante perceber que educação financeira, não é nenhum tipo de feitiço que do dia para noite resolve todo tipo de problema, ela é um exercício constante de transformação que atua dentro da necessidade de organização para um estilo de vida consciente e sustentável.
Segundo passo: Aceitar os erros e seguir em frente
Tão difícil quanto aceitar os erros e descobrir que precisamos mudar é dar o primeiro passo. O que precisa ser feito?
Comece pelo mais simples a organização, ela é muito mais importante do que normalmente imaginamos, inclusive para quem está com muitas dívidas, afinal para estabelecer prioridades é preciso saber o que de fato está acontecendo.
No dia a dia é fundamental usar uma planilha para controlar o orçamento doméstico, no Dinheirama você pode baixar a melhor planilha gratuitamente. Se você tem facilidade no acesso à internet, existem ótimos aplicativos que também servem muito bem para o propósito.
Terceiro passo: Disciplina para seguir em frente
A disciplina certamente é um dos grandes trunfos de quem conseguiu alcançar a independência financeira.
A transformação de alguém que está endividado até se tornar um investidor, muitas vezes pode levar tempo, por isso, manter a disposição em fazer o planejamento doméstico, planejar os gastos e manter esse processo como um hábito é muito difícil, justamente por isso volto a afirmar que educação financeira é um estilo de vida.
Mude, mesmo que seja aos poucos
Viva um mês de cada vez, mas faça seu planejamento anual com projeções de gastos e principalmente respeito aos limites de seu padrão de vida.
Tão bom quanto rever os amigos foi à conversa e os desdobramentos que ela tomou. Muitas mandaram e-mail agradecendo e pedindo alguns conselhos para mudar a forma como lidam com as finanças. Respondi a todos dizendo que o principal já foi feito, chegaram à percepção de que é preciso parar de reclamar e de fato mudar.