Home Economia e Política Secretário de Defesa dos EUA pede que Israel faça mais para proteger civis em Gaza

Secretário de Defesa dos EUA pede que Israel faça mais para proteger civis em Gaza

Israel nega ter como alvo os civis e diz que o Hamas é culpado pelo alto número de vítimas ao se instalar em áreas residenciais

by Reuters
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 O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, disse nesta segunda-feira que o apoio de Washington a Israel é “inabalável”, mas pediu que seu aliado faça mais para proteger os civis, conforme a guerra contra o Hamas impõe mais morte e destruição para os palestinos na Faixa de Gaza.

Lloyd, falando durante uma visita a Israel, disse que o Hamas é um “grupo terrorista fanático” que nunca mais deveria poder fazer ataques a Israel a partir de Gaza.

Sua visita ocorreu em meio à crescente preocupação de governos estrangeiros e organizações internacionais com o número de mortes de civis em Gaza devido aos ataques israelenses, bem como com o aumento da fome.

O Ministério da Saúde de Gaza informou nesta segunda-feira que 19.453 palestinos foram mortos e 52.286 ficaram feridos nos ataques israelenses ao enclave governado pelo Hamas em mais de dois meses de guerra.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu alcançar a vitória total sobre os militantes do Hamas, que mataram 1.200 pessoas e fizeram 240 reféns no ataque de 7 de outubro a Israel que desencadeou a guerra, de acordo com os registros israelenses.

Austin disse em uma entrevista coletiva em Tel Aviv que havia discutido com o ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, como reduzir os danos aos civis presos no campo de batalha. Eles também falaram sobre a transição de um grande combate para um conflito de menor intensidade.

“Em qualquer campanha, haverá fases”, afirmou Austin. “Também continuaremos a pedir a proteção dos civis durante o conflito e a aumentar o fluxo de ajuda humanitária para Gaza”, disse Austin.

Embora os Estados Unidos forneçam armas e apoio diplomático a Israel, recentemente endureceram seu tom em relação ao governo de Netanyahu. Na semana passada, o presidente norte-americano, Joe Biden, disse que Israel corria o risco de perder o apoio internacional por causa do que ele chamou de bombardeio “indiscriminado”.

(Imagem: Reprodução/REUTERS/Fadi Shana)
(Imagem: Reprodução/REUTERS/Fadi Shana)

Austin, no entanto, ofereceu garantias na segunda-feira, dizendo: “O apoio americano à segurança de Israel é inabalável. Israel não está sozinho”.

Enquanto isso, Gallant disse que Israel faria uma transição gradual para a próxima fase de suas operações em Gaza e que as pessoas deslocadas provavelmente poderiam retornar primeiro ao norte do enclave.

A guerra deixou Gaza em grande parte em ruínas. Os alimentos são escassos para os 2,3 milhões de habitantes do território, os serviços básicos entraram em colapso e a maioria das pessoas está desabrigada.

Nesta segunda-feira, a Human Rights Watch acusou as forças israelenses de bloquear deliberadamente o fornecimento de água, alimentos e combustível, arrasando áreas agrícolas e privando as pessoas de itens necessários para a sobrevivência.

“O governo israelense está usando a fome de civis como um método de guerra na Faixa de Gaza ocupada”, disse a HRW, com sede em Nova York, em um relatório. “Os líderes mundiais deveriam estar se manifestando contra esse crime de guerra abominável.”

Israel respondeu chamando a HRW de um grupo “antissemita e anti-Israel” sem direito moral de criticar após sua reação “silenciosa” ao ataque do Hamas em 7 de outubro.

Israel nega ter como alvo os civis e diz que o Hamas é culpado pelo alto número de vítimas ao se instalar em áreas residenciais, acusação que o grupo palestino nega.

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