O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd Austin, chegou a Kiev nesta segunda-feira para uma visita não anunciada e expressou apoio norte-americano “a longo prazo”, em meio a questionamentos sobre a sustentabilidade da assistência ocidental vital, conforme a invasão da Rússia se arrasta.
Austin, acompanhado pelo chefe do Comando Europeu das Forças Armadas dos EUA, foi fotografado sorrindo e apertando as mãos do presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy. Essa foi a primeira visita de Austin a Kiev desde abril de 2022.
“A mensagem que lhe trago hoje, sr. presidente, é que os Estados Unidos da América estão com você. Permaneceremos com vocês por um longo período”, disse Austin a Zelenskiy após uma viagem noturna de trem da Polônia para a Ucrânia.
A embaixadora dos EUA na Ucrânia, Bridget Brink, disse que a visita sinalizava o “apoio inabalável de Washington à Ucrânia em sua luta pela liberdade”.
Zelenskiy afirmou a Austin que a visita era “um sinal muito importante” para a Ucrânia.
“Contamos com seu apoio”, disse Zelenskiy a Austin.
A viagem ocorre em meio à crescente divergência sobre a ajuda à Ucrânia no Congresso dos EUA, com as eleições presidenciais norte-americanas em novembro do próximo ano.
Alguns parlamentares dos EUA estão priorizando a ajuda a Israel, mesmo enquanto autoridades de defesa dos EUA enfatizam que Washington pode apoiar os dois aliados simultaneamente.
Em particular, algumas autoridades ucranianas sênior expressaram preocupação de que as entregas de ajuda militar possam se tornar menos frequentes, o que reflete uma inquietação mais ampla sobre os níveis de apoio necessários para sustentar a guerra contra a Rússia, que invadiu o país em fevereiro de 2022.
O orçamento da Ucrânia para o próximo ano tem um déficit de mais de 40 bilhões de dólares que precisa ser preenchido.
Um bloco de parlamentares republicanos se opõe ao envio de mais ajuda à Ucrânia. Os que são contrários ao envio de mais ajuda disseram que o dinheiro do contribuinte norte-americano deveria ser gasto em casa, mas a maioria dos republicanos e democratas no Congresso ainda apoia a ajuda ao governo de Zelenskiy.
