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Sonhos ou Delírios? Cuidado para não boicotar sua Chance de Prosperar

by Ricardo Pereira
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A cada dia que passa, eu fico mais convencido que o excesso de sonhos abstratos mais atrapalham do que ajudam as pessoas a seguir em frente. Na verdade, arrisco-me a dizer que há quem confunda sonhos com delírios, e é por ai que quero desenvolver nossa conversa hoje.

Sei que a minha afirmação pode parecer cruel em um primeiro momento, mas a verdade é que percebo que muita gente acaba esquecendo do fundamental ao definir seus sonhos (ou delírios, neste caso): a necessidade de arregaçar as mangas, definir metas claras e trabalhar duro para realizá-las.

Pare de se esconder nas redes sociais

Boa parte das pessoas dedica seu tempo para expressar seus sentimentos e desejos e os lugares que recebem essas “informações” são, via de regra, as redes sociais. Vemos nestes espaços um terreno seguro, onde temos o “paparico” constante de amigos e familiares.

Fica fácil nos sentirmos donos do mundo diante de uma realidade em que não precisamos lidar com críticas ou quando, para censurá-las, basta um clique para “passar a régua” no problema. Alimentar delírios e lidar tão mal com a frustração não dá muito resultado, como você já sabe.

Eu sei que ninguém quer ver seus sonhos (por mais absurdos que sejam) serem descontruídos por quem quer que seja. Por que então fazemos tanta questão de escancarar muitos destes sonhos para os outros? Os delírios alimentam uma competição que envolve consumo e afasta da prosperidade verdadeira. Já pensou nisso?

Costumo dizer que a juventude atual precisa de um choque de realidade, algo que possa fazê-la sair da Internet para a vida real, ainda que por pouco tempo (mas de forma decisiva e impactante). Só existe vida real – o virtual ou é um mundo sonhado, geralmente surreal, ou é a extensão do ser humano que somos.

A frustração é uma certeza, não um problema

No início da minha juventude, e olha que isso já faz um bom tempo, eu também tinha muitos sonhos, mas lembro que alguém me trouxe do espaço de volta para a Terra. Naquele momento, o golpe foi difícil, mas hoje, analisando o contexto com calma, sou grato pelas palavras de “incentivo” de meu chefe, que negou um aumento de salário. Eu queria iniciar uma faculdade dali alguns meses.

O “Não” veio com a mensagem de que filho de pobre não fazia faculdade, mas curso técnico. Agradeço eternamente por essas palavras. Naquele momento, meus diversos sonhos se tornaram apenas meus. Prometi que ninguém seria capaz de me impedir de seguir em frente, fazer faculdade (e outras coisas mais) e alcançar o sucesso.

Com o orgulho ferido, mas ciente do que eu realmente queria, na mesma hora pedi demissão. Em pouco tempo consegui um trabalho melhor e consegui bancar minha faculdade sem problemas (abrindo mão de muita coisa neste período, é bem verdade).

Foco. Determinação. Autoconhecimento. As palavras amargas e um tanto discriminatórias me trouxeram até aqui. Não tenho vergonha de admitir que se conseguisse o aumento, talvez minha vida fosse hoje bem diferente. Talvez eu não tivesse batalhado tanto para conseguir algo melhor. Talvez deixasse o medo falar mais alto. Quem sabe…

Ao longo desse tempo, aprendi duas coisas importantes e que fazem toda a diferença:

  • É possível extrair coisas boas de situações ruins;
  • Só alcança o sucesso pleno quem não teme o insucesso – e assim corre os riscos de se frustrar em determinados momentos.

O que fazer? Sair da zona de conforto! Em algumas situações, confundimos essa sensação de conforto com felicidade. Isso é muito perigoso, pois quando a “ficha cai” e as pessoas percebem que são infelizes na carreira, na profissão e no destino que construíram muitas vezes não existe mais tempo para mudar. Resta a amargura e o rancor. A raiva de si mesmo.

Se você está começando, tudo é mais fácil. Você pode errar mais e melhor! Logo, você deve enfrentar seus medos e buscar desafios que testem sua capacidade. Você pode mudar o mundo, mas deve começar mudando algo mais próximo, algo que você possa usar como combustível para te levar ainda mais longe. E ai basta transformar esse ciclo em um estilo de vida.

Trabalhe sem perder a paixão, mas com foco e objetivos bem definidos, com prazo e tamanho claros. Um abraço e até a próxima!

Foto “Dream big”, Shutterstock.

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