Home Economia e Política Taxas futuras de juros têm queda firme no Brasil após inflação dentro do esperado nos EUA

Taxas futuras de juros têm queda firme no Brasil após inflação dentro do esperado nos EUA

Em sintonia com o exterior, as taxas dos DIs despencaram no Brasil, com investidores retirando da curva o excesso de prêmios de antes do PCE

por Reuters
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As taxas dos DIs fecharam a quinta-feira em queda firme no Brasil, acompanhando o recuo dos rendimentos dos Treasuries após novos dados de inflação nos Estados Unidos, dentro do esperado, reforçarem a leitura de que o Federal Reserve terá espaço para cortar juros em junho.

No início da sessão as atenções estavam voltadas para a divulgação, às 10h30, do índice de preços de despesas de consumo pessoal (PCE, na sigla em inglês) a principal referência do Fed na política monetária.

O nervosismo antes da divulgação fez os yields atingirem alguns picos da sessão e, em paralelo, as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) marcarem algumas máximas no Brasil. A taxa do contrato para janeiro de 2027, por exemplo, atingiu o pico de 10,10% às 10h03 (alta de 5 pontos-base ante o ajuste da véspera).

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Quando os números norte-americanos saíram, o cenário mudou.

O Departamento de Comércio dos EUA informou que o índice PCE subiu 0,3% em janeiro e que o número de dezembro foi revisado para baixo, mostrando aumento de 0,1%, em vez do 0,2% informado anteriormente.

Nos 12 meses até janeiro, a inflação do PCE foi de 2,4%. Esse foi o menor aumento anual desde fevereiro de 2021 e seguiu-se a um avanço de 2,6% em dezembro.

Os números foram bem recebidos por estarem dentro das projeções dos economistas. Profissionais consultados pela Reuters previam que o índice PCE subiria exatamente 0,3% em janeiro e 2,4% em base anual.

(Imagem: Reprodução/lkzmiranda/Pixabay)
(Imagem: Reprodução/lkzmiranda/Pixabay)

“O resumo (do PCE) é que as duas mensagens do Fomc estão mantidas: o ciclo de alta (de juros) está encerrado, mas o início do próximo ciclo de redução dos juros ainda não está definido”, disse Danilo Igliori, economista-chefe da Nomad, em comentário enviado a clientes.

Certamente não será em março e muito provavelmente não será em maio também. As expectativas hoje dividem-se principalmente entre junho e julho, acrescentou.

Como não houve surpresas inflacionárias no PCE, o mercado avaliou que aumentaram as chances de o Fed iniciar o processo de corte de juros em junho, o que imediatamente pesou sobre a curva norte-americana.

Em sintonia com o exterior, as taxas dos DIs despencaram no Brasil, com investidores retirando da curva o excesso de prêmios de antes do PCE.

A taxa para janeiro de 2027 marcou a mínima de 9,975% às 14h43 (queda de 7 pontos-base em relação ao ajuste anterior).

No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 9,96%, ante 10% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 9,785%, ante 9,842% do ajuste anterior.

Já a taxa para janeiro de 2027 estava em 9,975%, ante 10,047%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 10,23%, ante 10,306%. O contrato para janeiro de 2031 marcava 10,66%, ante 10,734%.

Para o curto prazo, a curva a termo brasileira precificava, perto do fechamento, 87% de chances de o corte da taxa básica Selic em março ser de 50 pontos-base, como vem sinalizando o Banco Central. Atualmente a Selic está em 11,25% ao ano.

Às 16:36 (de Brasília), o rendimento do Treasury de dez anos referência global para decisões de investimento caía 3,80 pontos-base, a 4,2364%.

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