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Ucrânia exalta “passo histórico” da UE que aproxima Kiev da adesão ao bloco

"Este é um passo forte e histórico que abre o caminho para uma UE mais forte com a Ucrânia como membro", disse Zelenskiy

by Reuters
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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, exaltou como um “passo histórico” uma recomendação do Executivo da União Europeia, nesta quarta-feira, para convidar Kiev a iniciar as discussões para adesão ao bloco assim que atender às condições finais, mesmo enquanto enfrenta uma guerra contra a Rússia.

A recomendação da Comissão Europeia é um marco importante no caminho de Kiev para a integração ocidental e uma aposta geopolítica para a UE, no momento em que a Ucrânia vem lutando contra uma invasão russa em grande escala desde fevereiro de 2022.

A Comissão disse que as discussões devem ser formalmente iniciadas assim que Kiev satisfizer as condições restantes relacionadas ao controle da corrupção, à adoção de uma lei sobre lobby em conformidade com os padrões da UE e ao fortalecimento das salvaguardas das minorias nacionais.

“Este é um passo forte e histórico que abre o caminho para uma UE mais forte com a Ucrânia como membro”, disse Zelenskiy nas redes sociais, prometendo continuar com as reformas necessárias.

Os 27 líderes nacionais da UE devem decidir em meados de dezembro se aceitam a recomendação da Comissão. Qualquer decisão desse tipo requer a unanimidade dos 27 membros do bloco, sendo a Hungria vista como o principal obstáculo em potencial.

Se aceita, as autoridades da UE esperam que as negociações formais de adesão com Kiev comecem no próximo ano. Essas discussões levam anos até que os candidatos atendam a critérios legais e econômicos abrangentes para a adesão. O bloco também tem receio de aceitar um país em guerra.

“A Ucrânia continua enfrentando tremendas dificuldades e tragédias provocadas pela guerra de agressão da Rússia”, disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen. “E, no entanto, os ucranianos estão reformando profundamente seu país, mesmo quando estão lutando em uma guerra que é existencial para eles.”

O relatório da Comissão nesta quarta-feira mostrou que Kiev cumpriu quatro das sete condições para iniciar as discussões formais de adesão, embora outras estivessem quase concluídas. Von der Leyen disse que a Comissão reavaliará o progresso em março do próximo ano.

Um dos principais assessores do primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, disse que Budapeste não apoiará a integração da Ucrânia à UE, a menos que Kiev altere suas leis sobre minorias, especialmente no que diz respeito à educação.

Nesta quarta-feira, a Comissão fez uma recomendação semelhante para a Moldávia, um pequeno vizinho da Ucrânia que está lutando contra suas próprias tensões com Moscou.

Em 2013, a Croácia foi o último país a aderir à UE, um bloco de 450 milhões de pessoas e um dos lugares mais ricos do mundo, embora esteja lutando cada vez mais para manter sua influência internacional. Em 2020, o Reino Unido foi o primeiro país a deixar o bloco, em um grande revés para a integração europeia.

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