O Banco do Japão (BOJ) manterá “pacientemente” a política monetária ultrafrouxa e responderá “agilmente” aos desenvolvimentos econômicos, financeiros e inflacionários, disse o presidente do banco central japonês, Kazuo Ueda, nesta sexta-feira, alertando sobre a incerteza extremamente alta em relação às perspectivas.
Ueda disse que a economia do Japão está se recuperando moderadamente, com o efeito atenuante das restrições de oferta compensando o impacto sobre as exportações da desaceleração da demanda global.
É provável que a inflação desacelere à medida que a pressão dos custos se dissipe, mas volte a se acelerar depois disso devido ao fortalecimento da economia e às mudanças no comportamento de fixação de salários das empresas, afirmou.
No entanto, Ueda disse que o BOJ deve observar cuidadosamente a evolução dos mercados financeiros e cambiais e seu impacto sobre a economia do Japão, uma vez que a incerteza em relação às perspectivas é extremamente alta.
“Com a incerteza extremamente alta em torno das economias domésticas e internacionais, bem como dos mercados financeiros, o BOJ responderá com agilidade aos desenvolvimentos econômicos, de preços e financeiros”, disse Ueda.
“Ao manter pacientemente uma política monetária frouxa, o BOJ buscará atingir de forma sustentável e estável sua meta de inflação de 2%, acompanhada de aumentos salariais”, acrescentou.
Os comentários de Ueda vêm antes da reunião de política monetária do BOJ em 30 e 31 de outubro, quando o banco central japonês realizará uma revisão trimestral de suas previsões econômicas e de inflação.