O União Brasil anunciou na noite de domingo a expulsão do deputado federal Chiquinho Brazão (RJ), preso pela Polícia Federal sob acusação de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) em 2018, anunciou a sigla em comunicado.
“A Comissão Executiva Nacional do União Brasil aprovou por unanimidade o pedido cautelar de expulsão com cancelamento de filiação partidária do deputado federal Chiquinho Brazão”, afirma a nota.
“Embora filiado, o parlamentar já não mantinha nenhum relacionamento com o partido e havia pedido ao Tribunal Superior Eleitoral autorização para se desfiliar.”
De acordo com a nota do partido, a legenda considerou que Brazão cometeu três condutas ilícitas previstas no estatuto do União Brasil: atividade política contrária ao Estado Democrático de Direito, falta no cumprimentos dos deveres relativos às funções públicas e partidária e violência política contra a mulher.
No domingo, a PF prendeu Chiquinho Brazão, seu irmão Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ), e o ex-chefe de Polícia Civil do Rio, Rivaldo Barbosa.
A investigação da PF apontou que os dois irmãos ordenaram o ataque que resultou no assassinato de Marielle e de seu motorista Anderson Gomes em 2018, enquanto Barbosa – que se tornou chefe da Polícia Civil um dia antes do assassinato – ajudou no planejamento e depois a sabotar a investigação.
Além dos mandados de prisão preventiva, a PF cumpriu 12 mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro. Contas bancárias ligadas aos envolvidos no caso foram bloqueadas.
Quatro outras pessoas, incluindo a esposa de Barbosa um ex-chefe de investigações de homicídios do Rio, terão que usar tornozeleiras eletrônicas e estão proibidas de se comunicar entre si.