Olá pessoal! Estamos no quarto artigo desta série, e para ver os anteriores, basta clicar abaixo:
- Conheça a série inédita: Vencendo na Bolsa, com Leandro Martins
- Vencendo na Bolsa: minhas impressões sobre a análise fundamentalista
- Vencendo na Bolsa: minha paixão pela análise técnica
Depois de alguns cursos no Brasil no final da década de 90, e de perceber que os cursos eram realmente muito superficiais, comecei a estudar os gráficos e comprei mais de 30 livros em inglês, sobre sucesso nos investimentos em ações e o universo dos traders (especuladores em ações). Hoje a Amazon vende muitos destes livros, mas no passado eu usava a Traders Library.
No Brasil, a maioria dos consultores financeiros e de investimentos mantém o mesmo discurso ao público leigo. Dizem que os investimentos em ações no médio a longo prazo são lucrativos, e que se o investidor “segurar” as ações por mais de 5 anos ele terá lucro.
Muitos investidores acreditaram nisso no passado, e hoje a maioria deles tem saldo negativo. Há exceções, por exemplo, para quem aproveitou bem as oportunidades geradas no Brasil após:
- A bolha da internet;
- A queda das torres gêmeas, que culminou com…
- O temor sobre a posse de Lula de 2002 para a 2003, gerando uma oportunidade de reversão da queda, que foi colaborada com…
- O boom das commodities, favorecendo na época os papéis como Petrobras, Vale, Usiminas, Gerdau e CSN, que durou até meados de 2008, quando ocorreu…
- A crise sub-prime, onde o Brasil tinha acabado de receber o grau de investimento (investment grade).
Foram apenas 5 anos de forte alta que ocorreu nos últimos 20 anos, ou seja, a ideia de virar sócio das empresas, se não vier acompanhada de uma boa análise e seleção da ação, dificilmente será interessante e lucrativa.
Atentos com essa revelação, muitos investidores mudaram seu perfil, deixando de serem investidores de longo prazo para serem especuladores de curto prazo. Já dizia Keynes, que no “longo prazo” todos nós estaremos mortos, e realmente, no mercado financeiro, 6 meses já é suficiente para o humor dos investidores e os dados macroeconômicos mudarem bastante.
Com isso, os investidores começaram a buscar informações sobre operações de curto prazo como o Swing Trade (compra ou venda para alguns dias ou poucas semanas), e o Day Trade (operação iniciada e encerrada no mesmo dia, para ganhar com a alta ou queda).
Essas operações com ações, podem ficar mais sofisticadas e agressivas com uso de opções (derivativos), índice e mini índice futuro do Ibovespa, além do dólar e mini dólar futuro.
Vale ressaltar que no Ponto a Ponto, nosso programa educacional gratuito ao vivo (todos os dias úteis, a partir das 9:30) é justamente focado em Day Trade e Swing Trade com esses ativos (ações, opções, etc).
Mini Dólar cai nas graças do Investidor Brasileiro
Com a popularidade do mini dólar e do mini índice, com a facilidade de operar, e com seu baixo custo operacional e alta alavancagem, eles ganharam volume de negociação e apresentam boa liquidez.
Tudo isso termina refletindo em um gráfico bem técnico, que favorece a aplicação da análise técnica. No lado oposto, estão as ações, que nos últimos anos perderam liquidez para operações de Day Trade, e geram um pouco mais de ruídos, dificultando a análise gráfica.
Veja esta definição do que é um minicontrato de dólar:
O minicontrato de dólar é um tipo de investimento do mercado futuro negociado na bolsa. É uma operação de compra ou venda para escolher na direção da cotação, dentro de um determinado período, podendo ser até por poucos minutos. Cada minicontrato equivale a 20% de um contrato inteiro de dólar, conhecido como “dólar grande” ou “dólar cheio”. Por causa do valor reduzido, o mini dólar é acessível a investidores pessoas físicas e acompanha diretamente a variação do câmbio, onde gera oportunidades de ganhar na alta ou na queda. Para poder operar 1 mini contrato é preciso pouco mais de 300 reais, que é utilizado como margem de garantia.
Claro que pela alta alavancagem (pouco capital para grande potencial de ganho ou perda), operar mini índice e mini dólar em operações de Day Trade parece ser mais fácil do que realmente é. E a maioria dos investidores “quebram” e perdem seu capital em pouco tempo.
Você entraria na Fórmula 1 colocando em risco sua vida e seu patrimônio, sem ao menos saber dirigir um carro, e nem ter passado pelo kart, Fórmula 3 e Fórmula 2? Entraria em um torneio de pôquer sem ao menos conhecer o que é um baralho? É assim que geralmente entram os especuladores na bolsa, sem ao menos ter testado e treinado métodos de operações, o que nós chamamos de set-up.
O programa que dirijo, o Ponto a Ponto, foi criado justamente para ajudar nesses momentos iniciais do investidor. Em apenas 6 meses, saímos de 50 traders para mais de 600 traders on-line, de forma simultânea. Ao longo do dia são mais de 2500 traders que passam pela nossa sala online. Veja trechos da recente matéria sobre o assunto, veiculada no jornal Valor Econômico.
Agora que já expliquei para você como houve essa mudança de perfil do investidor, e o porquê das operações de curto prazo em mini contratos terem ficado tão populares, no próximo texto vou concluir a explicação sobre esta modalidade, e mostrar alguns métodos de operação.
E se você tiver disponibilidade em algum dia da semana, me encontre ao vivo no Ponto a Ponto, onde estarei todas as manhãs à partir das 9:30. Basta se cadastrar gratuitamente no site da corretora Rico, clicando aqui. Um Abraço!
Próximo artigo da série: Vencendo na Bolsa: operações na prática, dicas e Metatrader
Nota: Esta coluna é mantida pela Rico.com.vc, que contribui para que os leitores do Dinheirama possam ter acesso a conteúdo gratuito de qualidade.
Foto “trading station”, Shutterstock.