A forte expansão econômica dos Estados Unidos tem sido um “importante motor” de um crescimento global melhor do que o esperado, disse a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen, em uma coletiva de imprensa na terça-feira, antes da reunião desta semana das autoridades financeiras do G20 em São Paulo.
Em trechos de suas falas divulgadas pelo Tesouro, Yellen disse que o Fundo Monetário Internacional e outros projetaram uma desaceleração disseminada na economia global em 2023, o que não aconteceu.
Em vez disso, o crescimento foi de 3,1%, superando as expectativas, e a inflação caiu, com a expectativa de que os preços continuem recuando este ano em cerca de 80% das economias, disse ela.
“Daqui para a frente, continuamos cientes dos riscos diante da perspectiva global e continuamos a monitorar cuidadosamente os desafios econômicos em determinados países, mas a economia global permanece resiliente”, disse ela.
Yellen disse que a força econômica dos EUA sustentou o crescimento global, impulsionada pelas políticas do governo Biden de apoio às empresas afetadas pela pandemia da Covid-19 e pelos investimentos na indústria doméstica, energia limpa e infraestrutura.
A inflação dos EUA também diminuiu significativamente em relação ao seu pico e o mercado de trabalho dos EUA está historicamente forte, disse ela.
“Se uma recessão nos EUA tivesse ocorrido em 2023, como muitos previram, o crescimento global teria saído dos trilhos. Embora existam riscos para nossa perspectiva, o crescimento dos EUA tem superado consistentemente as projeções”, disse Yellen.
No mês passado, o FMI elevou sua perspectiva de crescimento global para 3,1% em 2024 e deixou sua previsão para 2025 inalterada em 3,2%.
Yellen disse que o crescimento em muitas economias, incluindo o Brasil, atual presidente do G20, também contribuiu para o crescimento global, embora outras economias ainda enfrentem desafios. Ela não especificou quais países estavam enfrentando problemas.