O dólar (USDBLR) passou a cair ligeiramente nesta sexta-feira, após registrar sua maior alta diária desde março no dia anterior, já que os dados dos preços ao consumidor nos Estados Unidos reavivaram as perspectivas de que o Federal Reserve pode ter que elevar ainda mais os juros para trazer a inflação de volta para sua meta de 2%.
O índice de preços ao consumidor subiu 0,4% em setembro, mantendo a taxa anual em 3,7%, a mesma de agosto, enquanto os economistas consultados pela Reuters previam um aumento de 0,3% no mês e de 3,6% no comparativo anual.
“Os dados manterão o Fed em alerta”, disse Nicholas Van Ness, economista do Credit Agricole CIB para os EUA.
“Embora nosso cenário base continue sendo uma pausa prolongada que se estenda até 2024, outras surpresas nos próximos relatórios de inflação e de emprego podem deixar um aumento em aberto para dezembro (ou depois)”, acrescentou Van Ness.
O índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– caía 0,04%, a 106,470, e, apesar da leve baixa, permanecia perto da marca de 106,64 atingida mais cedo, o nível mais alto em uma semana. A moeda subiu 0,8% na quinta-feira, seu maior salto diário desde 15 de março.
O aumento do dólar na quinta-feira fez com que o iene voltasse para o sensível nível de 150, tocado brevemente na semana passada, antes de se fortalecer acentuadamente, o que levou alguns a acreditar que as autoridades estavam intervindo no mercado de câmbio.
A moeda japonesa estava em 149,60 por dólar nesta sexta-feira, mantendo os investidores em alerta caso a moeda se enfraqueça ainda mais.
O euro tinha alta de 0,07%, a 1,0533 dólar.
A libra apreciava 0,12%, a 1,2187 dólar.
Os investidores também digeriam dados de preços ao produtor e ao consumidor da China nesta sexta-feira, que mostraram que as pressões deflacionárias foram ligeiramente mais fortes do que o esperado.