O Ibovespa (IBOV) recuava nesta sexta-feira, pressionado principalmente pela queda das ações da Vale e da Petrobras, em dia também negativo em praças acionárias no exterior, sem trégua nas preocupações com a tensão no Oriente Médio e o cenário de juros nos Estados Unidos.
O último pregão da semana na bolsa paulista também é marcado por vencimento de opções sobre ações, bem como dados mostrando que a atividade econômica no país teve contração maior do que a esperada em agosto frente ao mês anterior.
Às 11:28, o Ibovespa caía 1,16 %, a 112.683,26 pontos. Na máxima até o momento, chegou a 114.089,58 pontos. Na mínima, marcou 112.683,26 pontos. O volume financeiro somava 6,3 bilhões de reais.
De acordo com a equipe da Ágora Investimentos, a semana vai chegando ao fim com os conflitos no Oriente Médio ainda inspirando maior cautela e o presidente do Fed reforçando que a inflação norte-americana segue muito alta e provavelmente exigirá crescimento econômico menor.
Em Wall Street, os principais índices acionários operavam em queda, enquanto os rendimentos dos Treasuries rondavam máximas de vários anos.
Destaques
Vale (VALE3) cedia 3,18%, a 62,37 reais, uma vez que os futuros do minério de ferro caíram nesta sexta-feira, pressionados por preocupações com o mercado imobiliário chinês em dificuldades e com a produção de aço mais fraca do que o esperado. O contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian, na China, caiu 3,2%, para 839 iuanes (114,64 dólares) por tonelada métrica no fechamento das negociações diurnas.
Petrobras (PETR4) caía 2,37%, a 37,43 reais, após renovar máxima histórica intradia mais cedo, a 38,86 reais. As negociações dos papéis tinham como pano de fundo nova alta dos preços do petróleo no exterior e anúncio da companhia na véspera de eleva o preço do diesel em 6,6% nas refinarias, enquanto reduzi o da gasolina em 4%.
Itaú Unibanco (ITUB4) recuava 0,96%, a 26,80 reais, e Bradesco (BBDC4) caía 1,04%, a 14,28 reais, também sofrendo com o viés mais vendedor na bolsa paulista.
GPA (PCAR3) cedia 3,17%, a 3,36 reais, tendo no radar relatório do Bradesco BBI cortando a recomendação para as ações de compra para neutra, com os analistas avaliando que a lenta recuperação das vendas do GPA e a fraca recuperação das margens ainda são insuficientes para melhorar a alavancagem operacional. O preço-alvo foi reduzido de 11 para 4,50 reais.
Equatorial (EQTL3) avançava 0,98%, a 30,95 reais, com papéis do setor elétrico mais uma vez na coluna positiva do Ibovespa. No radar, está a possibilidade de as companhias de energia elétrica não serem enquadradas no imposto seletivo a ser criado após a reforma tributária. O índice de energia elétrica da B3 tinha elevação de 0,08%.