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Veja porque o dólar ficou perto dos 5 R$

Na B3, às 10:12 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,56%, a 4,8855 reais.

by Reuters
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O dólar (USDBLR) passou a subir frente ao real nesta terça-feira, recuperando-se depois de na véspera ter caído acentuadamente em sessão de baixa liquidez, enquanto investidores aguardavam a ata da última reunião do Federal Reserve em busca de mais indícios de que o aperto monetário já chegou ao fim nos Estados Unidos.

Às 10:12 (horário de Brasília), o dólar à vista avançava 0,65%, a 4,8836 reais na venda. A recuperação vem depois que a moeda norte-americana à vista fechou a última sessão em queda de 1,09%, a 4,8523 reais na venda, maior baixa diária desde 3 de novembro (-1,53%) e menor patamar de encerramento desde 2 de agosto (4,8051 reais).

É normal, após movimentos intensos da taxa de câmbio, haver ajustes pontuais no sentido oposto.

Na B3, às 10:12 (horário de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento subia 0,56%, a 4,8855 reais.

Para além de razões técnicas, há também alguma tensão local que contribui para a aversão a risco, ponderou Matheus Spiess, analista da Empiricus Research. “Mas o câmbio está muito mais dialogando com a questão internacional, primeiro com os investidores se preparando para feriado (do Dia de Ação de Graças), com menos movimentação de negócios no final da semana nos Estados Unidos, e também para a ata do Fed, que será divulgada na tarde de hoje”, disse.

Depois de dados econômicos e de inflação norte-americanos mais fracos do que o esperado na semana passada, o foco do mercado passa para a ata, com divulgação agendada para as 16h (de Brasília) desta terça.

A expectativa de economistas é que o documento enfatize o posicionamento “cuidadoso” que as autoridades monetárias dos EUA têm utilizado num momento em que parece improvável que aumentem ainda mais os juros, embora não queiram dizer isso explicitamente enquanto a inflação permanece bem acima da meta de 2% do banco central.

Entre os desconfortos do mercado no âmbito doméstico, Spiess citou o risco de nova “onda de ingerência política” em estatais depois de informação, noticiada pela Reuters, de que integrantes do governo têm conversado sobre possível substituição do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, já que estão descontentes com os rumos da empresa.

Ele chamou a atenção ainda para um “contexto mais atribulado do ponto de vista fiscal”, embora tenha reconhecido “vitória” da equipe econômica liderada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, com manutenção, por ora, da meta de déficit primário zero para o ano que vem.

Leonel Mattos, analista de inteligência de mercado da StoneX, disse que investidores também ficarão atentos nesta terça ao boletim macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda, às 14h, com a atualização das projeções do governo para o PIB e a inflação.

“Os agentes vão acompanhar essas novas projeções para tentar entender como que o Ministério da Fazenda vai, a partir desses números, tentar desenhar o desenvolvimento do próximo ano nesse contexto recente de debate sobre uma possível alteração da meta fiscal ou não, porque há ainda uma dúvida, uma incerteza nesse processo.”

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