A comercialização da safra nova de Mato Grosso atingiu 33,96% até o final do mês passado, avanço de 2,27 pontos percentuais na comparação mensal, com produtores cautelosos sobre o impacto do tempo quente e seco para a produção, afirmou nesta segunda-feira o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea).
As vendas antecipadas da safra 2023/24, que estavam próximas do que foram os negócios da temporada anterior na comparação anual, agora ficaram atrasadas, segundo dados do Imea, órgão ligado aos produtores.
Na mesma época do ano passado, produtores tinham negociado 35,8% da safra, enquanto a média de cinco anos para o período é de 48,39%, segundo o Imea.
“Para a safra 2023/24, com as incertezas de quanto será a produção de soja em MT, os produtores do Estado estão cautelosos em fazer grandes negócios e as vendas realizadas estão atreladas ao travamento dos custos”, disse o Imea em relatório nesta segunda-feira.
No que tange ao valor da oleaginosa, o preço médio negociado aumentou 1,15% no comparativo mensal, fechando em 111,37 reais/saca.
Na semana passada, o Imea reduziu a expectativa de safra de soja de Mato Grosso em 3,78%, para 42,1 milhões de toneladas, o que resulta em uma queda anual de 7%, considerando principalmente produtividades mais baixas em função do clima adverso.
Já a comercialização de milho segunda safra de Mato Grosso, que plantará o cereal após a colheita de soja, evoluiu ainda mais lentamente, com avanço de 1,68 ponto percentual, para 15,59%.
O ritmo de negócios também está atrasado, principalmente em relação à média histórica de mais de 40% de vendas antecipadas nesta época, já que o atraso na soja se reflete no milho, cuja safra deverá cair 16,7%, para 43,7 milhões de toneladas, segundo projeção do Imea.