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Dólar recua após dados de emprego dos EUA

Mais cedo, imediatamente após a divulgação dos dados norte-americanos, o dólar chegou a subir 0,69%, a 4,9410 reais na venda, pico intradiário desde 18 de dezembro

by Reuters
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O dólar (USDBLR) saltou brevemente frente ao real nesta sexta-feira, imediatamente após a divulgação de dados fortes de emprego dos Estados Unidos, mas a moeda logo perdeu fôlego e passou a cair depois de atingir a maior cotação intradiária em quase 20 dias.

Por volta de 11h23 (de Brasília), o dólar à vista caía 0,44%, a 4,8855 reais na venda.

Mais cedo, imediatamente após a divulgação dos dados norte-americanos, o dólar chegou a subir 0,69%, a 4,9410 reais na venda, pico intradiário desde 18 de dezembro.

No entanto, logo perdeu fôlego e caiu para território negativo, com alguns participantes do mercado dizendo à Reuters que o salto repentino de mais cedo pode ter atraído exportadores, que aproveitam preços mais altos do dólar para vender a moeda, e outros agentes que buscam realizar lucros.

O cenário mais amplo, no entanto, promete atrapalhar a performance do real daqui para frente.

Os empregadores dos Estados Unidos contrataram mais trabalhadores do que o esperado em dezembro e aumentaram os salários em um ritmo sólido, alimentando algumas dúvidas sobre as expectativas do mercado financeiro de que o Federal Reserve começaria a cortar a taxa de juros em março.

A economia norte-americana abriu 216 mil vagas de emprego no mês passado, informou o Departamento do Trabalho em seu relatório de emprego nesta sexta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam abertura de 170 mil empregos em dezembro.

Além disso, a taxa de desemprego não subiu, como era esperado, e o crescimento anual dos salários acelerou para 4,1%, de 4,0% no mês anterior.

“Parece pouco, mas a gente lembra que o banco central americano pensa que precisaria estar em 3% para não pressionar a inflação, então a gente vê que isso vai mexer nas expectativas do mercado sobre corte de juros”, disse Gustavo Cruz, estrategista da RB Investimentos.

“A probabilidade maior de corte de juros é lá para a metade do ano, talvez, com algum otimismo, em maio, mas antes disso parece extremamente improvável, até porque o banco central norte-americano sempre falou que ia ser cauteloso neste momento”, afirmou Cruz, acrescentando que essa visão tende a prejudicar ações e a favorecer o dólar globalmente num curto prazo.

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